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Senhora - José de Alencar

  • Luana Alves
  • 15 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

Hey!

Há uma semana, no Novo Shooping em Ribeirão Preto, encontrei um feirão onde havia livros baratíssimos. Passei reto pela Saraiva e fui ali comprar livros por R$ 5,00. Haha ><

A medida que for lendo os livros vou resenhando, então não vou dar detalhes de todos que comprei lá. Aguarde e verás.

Ano passado li muitos livros, por indicação, que me decepcionaram grandemente. Era praticamente a mesma história com personagens bem similares, mas com nomes diferentes.

Por isso, decidi respirar um pouco de cultura. Sabe, aqueles livros que ignorei no ensino fundamental 2? Pois bem, decidi pegar a listinha e dar uma olhada no que nossos mestres da Academia Brasileira de Letras tem a oferecer.

Conhecia, por alto, o enredo de Senhora. Minha mãe, apaixonada por clássicos, já havia comentado algumas vezes sobre ele. E quando dizem que devemos escutar nossas mães, eles estão certos. Deveria ter lido Senhora antes.

Não é uma leitura fluída, o português é bastante rebuscado, o que me fez ler alguns parágrafos duas vezes. Levei uma semana para chegar ao fim do romance, e isso é muito raro para mim, que devoro 500 páginas em 48 horas. Mas compensa demorar mais para ler e ter contato com a liguagem culta do livro, onde cada diálogo se transforma em um poema. Coisa linda o português quando bem falado!

*---*

Os personagens principais são ótimos! A trama fica a cargo de Aurélia e Fernando, ambos bastante humanos, com virtudes e defeitos. Fernando é o primeiro amor de Aurélia, mas motivado por ambição, abandona-a em um situação muito difícil. Aurélia se sente traída e profundamente decepcionada com a verdadeira natureza do caráter de Fernando, e sendo agraciada com uma herança milionária, decide se vingar.

O diálogo na noite de núpcias dos dois é sensacional!

É fácil se apegar a esses dois errantes e torcer para que engulam o orgulho e se entendam. O livro é separado em partes: 1. O preço; 2. Quitação; 3. Posse e 4. Resgate. Amei a forma em que a narrativa acontece, nos expondo os fatos aos poucos. E a história é contada em terceira pessoa, o que nos ajuda a ter uma visão ampla dos sentimentos dos dois.


Um exemplo de como a Aurélia é ótima (inteligente, sarcástica, direta e cruel). Em uma conversa com seu tio e tutor ela solta essa:


"Conheci outrora o dinheiro como um tirano; hoje o conheço como um cativo submisso. Por conseguinte devo ser mais velha do que o Senhor que nunca foi nem tão pobre, como eu fui, nem tão rico, como sou."


Traduzindo essa frase para o português coloquial, fica mais ou menos assim: "Eu não tinha carruagem, não tinha teto, se me quisesse era só por causa do ah... ah... ah... ah... o lepo-lepo."


Viu como o linguagem culta e rebuscada é mais bonita?


Obs 1: Queria ser deusa como a Aurélia.

Obs 2: Queria ser rica como a Aurélia.

Obs 3: Queria ser letrada como José de Alencar.


Suuuper recomendo a leitura.

(*•̀ᴗ•́*)و ̑̑

 
 
 

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