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A Sereia

  • Luana Alves
  • 27 de fev. de 2016
  • 3 min de leitura


Hey!


She sang

"Give me your life

Or I must fly away

And you will never hear this song..."


Escrevendo a resenha ouvindo Sirensong – The Cure.


Comprei alguns livros e disse que colocaria a resenha por aqui, mas deixei eles de lado momentaneamente, para terminar A Sereia, da Kiera Cass, até o final de fevereiro. Fazia muito, muito tempo que não lia um livro de fantasia.

Claaaaro que eu comecei ler pensando em “A Seleção”, livro da Kiera que está bombando entre as meninas de todo globo terrestre. Mas, se não soubesse que os livros são da mesma autora, nunca faria essa associação.

A Sereia foi o primeiro livro que a Kiera publicou, e depois do sucesso ela decidiu republicá-lo. Achei que ela tivesse editado, ou algo assim, mas ainda está com uma carinha de iniciante. Não que não seja um livro bom, mas deixa a desejar em algumas descrições, senti falta de mergulhar bem fundo na alma e sentimentos da Kahlen, da Água, do Akinli. Ela até tenta descrever algumas emoções, mas parece superficial. A história é contada em primeira pessoa pela Kahlen, e livros em primeira pessoa nos dão a impressão que conhecemos o personagem até pelo avesso, não é? Não nesse caso.

A história é a seguinte: Kahlen está em um navio com a família, quando este, atraído pelo canto das sereias, naufraga. A Água (sim, ela é uma entidade [1. Aquele ou aquilo que tem existência distinta e independente; ente; ser...] que precisa causar mortes, de tempos em tempos, para continuar fornecendo água para a humanidade. É o sacrifício de alguns pelo bem de todos, segundo Ela) decide poupar a vida de Kahlen e propõe um acordo. Kahlen será uma sereia por cem anos, causando mortes para o bem da Água e, por extensão, para o bem da humanidade, e depois dos cem anos, é libertada da escravidão.

As sereias não podem usar a voz, pois ela contém todo o encantamento que faz com que humanos queiram se afogar, mas podem viver entre humanos usando a língua de sinais e tal. E só precisam ir até a Água quando ela está com fome (sim, é mórbido e é esse termo que ela usa) e decide afundar um barquinho por aí.

Kahlen já serviu à Água por 80 anos, em um conflito interno bastante significativo, já que ela ama a Água como uma mãe, mas odeia o fato de assassinar marujos indefesos. Sempre foi obediente e a sereia preferida. Até que ela conhece o Akinli (amei esse nome. Parece personagem de algum RPG, né?), que não se intimida com o silêncio da garota e é um fofo.

Claro que eles não podem ficar juntos, a Água é mimada e possessiva e nunca permitiria. Mas, a ligação dos dois é tão forte que o afastamento os fazem adoecer, literalmente. Para um humano adoecer, ok, está dentro do previsto. Mas Sereias não ficam doentes, são completamente imutáveis durante os cem anos.

No final a gente percebe, que embora a sereia seja a Kahlen, o Akinli exerce um poder tão grande sobre ela que quem está sob encantamento é a Sereia. Para ela é proibido aquele sentimento, ela está sob ameaça, ela é um risco para ele... Apesar de todos os poréns, ela não consegue se manter afastada.

Não é um livro ruim, embora falte alguns detalhes para tornar a história mais verossímil (sim, histórias de Sereias podem ser bem plausíveis. :P).

***

Sabia que Cristovão Colombo afirmou ter visto sereias em 1493, perto do Haiti? Provavelmente foi só um peixe-boi marinho. Haha

***

O logo que aparece na rede de cafeteria Starbucks é da Melusina. De acordo com a lenda francesa, o pai da Melusina a espiou durante o banho. Ela se vingou dele, mas a mãe a amaldiçoou a virar metade serpente (ou peixe) aos sábados. Nunca mais vou olhar pr’aquele copo de café da mesma forma.

***

Cantos de Sereias para enfeitiçar você:

Bat For Lashes - Siren Song

Yuki Kajiura – Siren Song

 
 
 

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