After - Anna Todd
- Luana Alves
- 15 de abr. de 2016
- 3 min de leitura

Hey!
Eis meu caso de amor e ódio com After, da Anna Todd.
Depois de bater a marca de um bilhão de acessos na plataforma de leitura Wattpad, a série After virou livro e viralizou. Todo mundo lendo e comentado e a curiosa aqui quis saber se é tudo isso mesmo que andam falando.
Visão geral – sem spoilers:
O livro conta a história de Tessa, que até terminar o ensino médio era sinônimo de boa garota. Estudiosa, responsável, recatada, virgem, namoradinha de um amigo de infância, etc. Mas ao entrar para Universidade Tessa se depara com uma realidade bem diferente da que está acostumada. Sua colega de quarto - Steph (e sua turma) é tudo o que Tessa evitou na vida. Tatuados, roqueiros, bêbados e inconsequentes. Hardin faz parte da turma de Steph, e embora haja uma animosidade entre ele e Tessa, logo os dois percebem que não conseguem ficar longe um do outro. Há choque entre os dois mundos, mas vemos o esforço de Tessa e Hardin para se ajustarem e caberem no mundinho do outro. Só que a personalidade nada fácil de Hardin torna tudo ainda mais complicado e suas mancadas podem colocar tudo a perder.
Minha visão – pode haver spoilers:
A Tessa é uma vaca. Sérião. Ela trai o namoradinho várias vezes e sem dó, não demonstra remorso e termina com ele da pior maneira do mundo. Ela também tem a personalidade construída de maneira muito frágil. Não é uma boa garota que se vê tentada a experimentar outras coisas e vai aos poucos, com medo e com luta interna, se experimentando...Te convencendo que a mudança foi gradativa porque a tentação foi demais pra ela. De santa ela vai pra safada em questão de parágrafos. Ou linhas. Ela também é extremamente temperamental, grita por nada (Sério, fiquei com raiva várias vezes, tipo “mas por que raios essa louca gritou agora?") e faz caso de tudo. Não, não gostei da Tessa nem um pouco.
O Hardin é o típico bad boy, bonito, tatuado, rock’n roll e mau. Geralmente gosto do tipo, mas Hardin deixa muito a desejar. Ele também grita por nada, sua variação de humor me irritou, seu apelo sexual é exagerado, e não tem nenhuma característica (que poderia ser bom humor ou inteligência) para compensar. A maneira como ele oscila de cara mau para menino romântico e meloso também não convence e tudo parece forçado demais.
A escrita tem contradições grosseiras, do tipo que ela se levanta no meio do parágrafo e no fim do mesmo parágrafo ela é descrita como estando sentada. Ou, “os dias passaram rápido”, dando a impressão que a história evoluiu semanas, para algumas páginas depois encontrar um “é a segunda noite no apartamento”. Hã?
A Anna escreve de maneira muito simples, usando os mesmos termos e até as mesmas frases repetidamente. Foi o primeiro livro que li que continha a palavra “bonzinho” – rs, e várias e várias vezes.
Vi muitos comentários dizendo que a leitura fluía bem e você simplesmente não conseguiria tirar os livros das mãos. Bom, comigo não foi assim. Fui teimando porque prometeram que ficava bom.
Acho que fez sucesso pelo mesmo motivo de 50 tons de cinza, pura e simplesmente por conta da sacanagem, que After também não economiza (essas cenas são bem descritas. Anna danadinha).
Parece que a escritora pegou Belo desastre, 50 tons de cinza, Easy, bateu no liquidificador, colocou todos os clichês do mundo e tirou After. Se não houvesse tanta sacanagem e tanta briguinha sem motivo, o livro teria 100 páginas.
Mas não, senhoras e senhores, não é completamente ruim. Por quê? Por quê? Por quê? Porque o final é do caramba! E você fica muito, muito curioso, para saber o que vem depois.
After, pra mim, é um livro ruim, com a escrita bastante amadora, mas com um final muito bom. E provavelmente vou encarar o segundo livro. Não sei quando, mas é provável que queira saber o que acontece.
【・_・?】

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