[Resenha] O Duque e Eu - Julia Quinn
- Luana Alves
- 28 de abr. de 2016
- 3 min de leitura

Hey!
Tinha prometido que depois de “Os 13 porquês” leria um livro mais leve e feliz, lembra?
Pois bem, o escolhido foi O Duque e Eu, da Julia Quinn, e o primeiro da série Os Bridgertons. E acertei em cheio!
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Daphne, a 4ª filha da família Bridgerton, está na idade de se casar. Para conseguir um bom pretendente para filha, Violet – a mãe – a obriga a ir em intermináveis eventos sociais e submete-a a profundas humilhações. Vale tudo para conseguir um bom noivo.
Simon, o duque de Hastings, acaba de retornar a Londres depois de uma longa viagem ao redor do mundo. Lindo e herdeiro de um ducado, logo ele se torna o favorito das mães com filhas solteiras, e começa a ser perseguido por elas. Mas Simon jurou que nunca se casaria.
“- As mães da sociedade, seu tolo. Aqueles dragões cuspidores de fogo que têm filhas em idade de se casar, que Deus nos ajude. Você pode fugir, mas é impossível se esconder delas. E devo alertá-lo para o fato de que a minha é a pior de todas.” – Anthony Bridgerton.
Para fugir do assédio, Simon propõe a Daphne que eles finjam ter um compromisso. Assim, ele ficaria livre de mães e moças histéricas e Daphne seria poupada da humilhação de ficar indo em busca de um noivo. Segundo ele, o fato que um duque cortejá-la também atrairia muitos pretendentes que, de repente, se dariam conta de como Daphne era desejável.
Acordo feito e confusões só começando. Daphne cresceu em uma família grande e cheia de amor. O que ela mais desejava na vida era iniciar sua própria família, cheia de filhos e de carinhos. Embora o Duque já tivesse deixado muito claro que não se casaria (nunca!), a proximidade dos dois acabou mexendo com o coração da moça, e os olhos azuis de Simon não tornava mais fácil a tarefa dela de manter um distanciamento emocional.
“Mas, enquanto subiam juntos em direção aos outros, ela não pensava em sua família, nem no observatório, tampouco em longitude. Em vez disso, perguntava-se por que estava sentindo a estranha necessidade de jogar os braços ao redor do duque e nunca mais soltá-lo.”
O Duque, por sua vez, havia prometido ao irmão de Daphne que nunca a tocaria. Mas Daphne era diferente de todas as moças que ele já havia conhecido. Engraçada, impetuosa e um pouquinho petulante, Daphe faz a determinação do Duque ruir e Simon começa a achar cada vez mais difícil manter as mãos longe dela.
“Mas então algo aconteceu. Ou talvez estivesse acontecendo o tempo todo e ele simplesmente tivesse tentado ao máximo não perceber. O olhar dela mudou. Quase cintilou. E ela abriu a boca – muito pouco, o suficiente apenas para respirar, mas foi o bastante para que Simon não conseguisse desviar os olhos dela.”
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Tenho muita dificuldade pra aceitar personagens femininas. Sério, são frágeis demais, manhosas demais, melodramáticas até. Urgh! Mas eu amei a Daphne. Amei! Ela tem três irmãos mais velhos que devem ter aprontado todas com ela na infância, então ela aprendeu a se defender e a conhecer o temperamento masculino. Ela é extremamente bem humorada, vai contra o padrão de mocinha delicada e fina, mas sem deixar de ser feminina. Os diálogos que ela constrói com o Duque, ou mesmo com a mãe dela, são impagáveis. Me diverti horrores!
O Duque é demais e eu quero ele pra mim. Pronto, falei. Fica muito claro pra gente, desde o início, o porquê que o Simon rejeita qualquer ideia referente a formar uma família. Quando somos apresentados ao Simon meu coração ficou dilacerado ao imaginar como um garotinho pode ter suportado tanta rejeição. Então, qualquer comportamento que ele assuma durante a narrativa está muito bem embasado.
A trama se desenrola de maneira muito natural também. A autora não se demora em descrições ou cenas desnecessárias. Nós entendemos plenamente a situação sem precisar ficar passando por informações enfadonhas. Os personagens de apoio são muito bem construídos e tão interessantes quanto os personagens principais. *---*
A Júlia Quinn dá um show na escrita, descreve muito bem os sentimentos dos personagens, o desenvolvimento da relação deles... e o capítulo 15 é uma coisa, minha gente!
“Simon afundou o rosto no pescoço dela, inalando seu perfume. Ela o abraçou e ele se sentiu completo.”
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Ahhh, a Lady Whistledown é totalmente Gossip Girl, né? Tô louca pra descobrir quem é a fofoqueira, ops, colunista do Jornal The Whistledown.
E o mais legal de tudo é saber que ainda restam 8 livros, então vou poder aproveitar muito da companhia dos Bridgertons ainda.
(○゜ε^○)

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