[Resenha] Um Perfeito Cavalheiro - Julia Quinn
- Luana Alves
- 3 de jun. de 2016
- 3 min de leitura
Hey!

É muito bobo gostar de contos de fadas? E da Cinderela, pode? O terceiro livro da série Os Bridgertons, Um Perfeito Cavalheiro, da Julia Quinn, é baseado nesse conto tão famoso e tão reimaginado. Achei que isso seria um ponto negativo para o livro, mas não é. Dos três que li até agora, foi o que terminei mais rápido. A história me prendeu de um modo que os outros dois não chegaram a fazer (embora eles tenham um lugar no meu coração também!), e me vi encantada por Benedict e Sophie.
Benedict é o 2º filho de Violet e Edmund. Ele não herdou o título de Visconde, mas possui uma grande fortuna e é tido como um dos solteiros mais cobiçados da temporada.

Sophie é filha bastarda de um Conde. Este nunca a reconheceu formalmente, mas a admitiu em sua casa como sua pupila. Assim, Sophie teve uma infância sem amor, mas com toda a educação e luxos que as crianças ricas dispunham. Até que o Conde decide se casar com Araminta, uma viúva com duas filhas. Araminta faz muito bem o papel de madrasta má, e obriga Sophie a ser camareira, faxineira, arrumadeira e etc, sempre humilhando-a.
Até o dia 5 de Junho de 1815, data em que a família Bridgerton oferece um baile de máscaras à sociedade londrina. Sophie, com a ajuda da governanta, conseguiu se produzir e com a ajuda de uma meia-máscara, ocultar sua verdadeira identidade e ir ao baile.
“Nesse momento, Benedict viu uma mulher que devia ser a mais espetacular de todas em que já pousara os olhos. (...) A beleza dela vinha de dentro. Ela brilhava. Cintilava. (...) e Benedict se deu conta de que era porque parecia... feliz. Feliz por estar onde estava, feliz por ser quem era.”
Como em Cinderela, Benedict e Sophie se apaixonam e se despedem à meia-noite. E depois, ele a perde.
Sophie é expulsa da casa da madrasta, agora viúva, e decide ir para muito longe. Sem dinheiro e sem perspectivas, começa a trabalhar como arrumadeira em uma casa bem longe de Londres.
Dois anos depois, ela e Benedict voltam a se encontrar. Mas para a decepção de Sophie (ou alivio), ele não a reconhece. Afinal, ele a viu uma única vez, usando uma máscara e em trajes suntuosos. A arrumadeira maltrapilha que cruzou o caminho dele, dois anos depois, não tem nada que o faça lembrar da linda dama de prateado por quem ele se apaixonou.
Mas a aproximação dele com Sophie, a verdadeira Sophie, despertou algo em Benedict. Mas ele jamais poderia se casar com uma moça de uma classe social tão inferior. O que ele poderia fazer para tê-la, para cuidar e proteger, sem casar-se com ela? Ele propõem que sejam amantes.
Ser amante de Benedict seria para Sophie como tirar na loteria. Ela amava aquele homem, era sozinha no mundo, sofria o inferno desde que tinha 14 anos... e ele propunha cuidar dela e amá-la. Porém, ser amante resultaria em filhos ilegítimos. E Sophie havia prometido para si mesma que nunca colocaria uma criança ilegítima no mundo, que sofreria tudo o que ela sofreu por conta de sua origem.
Depois do baile, a história se afasta bastante do conto de fadas. Gostei demais da Sophie e de sua dignidade, apesar de tanto sofrimento. E gostei muito do Benedict também, mesmo ele tendo umas atitudes tão exageradas e erráticas. Dos três livros, ele foi o personagem masculino que mais gostei. Mas, para mim, o ponto alto desse livro é Violet. Podemos presenciar mais de perto a maneira da matriarca Bridgerton cuidar dos assuntos da família. Ela é ótima!
Leia sem medo, gostando ou não do conto da Cinderela, a chance de se decepcionar com Um Perfeito Cavalheiro é quase nula.
EDITORA: Arqueiro
PÁGINAS: 295
GÊNERO: Romance de época

Resenhas dos livros anteriores:
(* ̄з ̄)

コメント