Poema: Venhas com calma
- Luana Alves
- 18 de jul. de 2016
- 2 min de leitura
Hey!
Poetar é um dom. Pegar seus pensamentos e transformá-los em poesia é mágico. Você pega sentimentos soltos (esses nem sempre são belos ou nobres), certos acontecimentos, alguns desejos (ou receios) e os traduz para sua língua materna, dá voz àquilo que grita dentro de você. Com algumas rimas, musica-os. E com muita coragem, se expõe. Encontrar palavras para expressar e definir o que se passa em nosso íntimo é algo extremamente complicado e por isso os poetas são tão raros. Quer dizer, nem tanto. Na Internet encontramos milhares de "poetas", que floreiam meia dúzia de palavras e publicam orgulhosamente seus versinhos. Tenho pouca paciência pra eles. Mas, há também pessoas talentosas, que conseguiram diversos seguidores na Internet e já publicaram seus livros. (Aliás, Estranherismo, do Zack Magiezi, está na minha lista de futuras compras. Ou futuros presentes. #ficadica)
“Um dia desses, num desses encontros casuais” topei com um poeta. E embora tenha havido certa animosidade (culpa minha, sou A Chata) no início, as publicações dele são muito boas e estamos amiguinhos. E ele é tão melhor pessoa que eu, não guarda ressentimentos e tal, que escolheu um de seus poemas para eu publicar aqui. Provavelmente, um poeta usaria algum termo como serendipidade para definir isso. Ou não. Talvez “sorte de uns (eu), azar de outros (ele)” aplique melhor.

Venhas com calma (parte I)
E se você vier? Tenho medo de me afobar, tenho medo de não me controlar. Talvez te sufoque, talvez me afogue, talvez te suporte, talvez me ignore, talvez me exporte.
Não saberei me dar mais uma vez com tanta presença, com tanta conversa pra compartilhar, com tanta falta de solidão, me tornando são. Sem dor, com cor, sem flor para o humilde túmulo do meu coração. Que nunca descanse em paz, que a tormenta me faz, nesse leva e traz de sabores e vivências nos paraísos termináveis que assolam o meu cais.
Tudo que tenho é teu, guardei por tantos olhos despercebidos, larguei todo aquele orgulho já vencido. Tua presença me preenche como a minha tu suportas, me calas quando quer, assim como te ganho sem apostas, me tem sem pedir a mim, pra depois não me ter, te tenho sem pedir a ti, pra depois não te ter.
Venhas ao meu ser na mais humilde forma e darei o que mais raro guardo em mim, só por que de longe, conseguiu enxergar a grandeza, em meio a tanta dureza, na intenção de perceber e separar toda beleza, sem deixar o que é ruim. Venhas com calma e te darei minha alma, por me entender, enfim.
- Eliarde Alves.
Sobrenome de gente boa, percebeu né? O poema completo tem 6 partes e se eu me comportar e não for mais ranzinza ou rabugenta, poderei ter acesso às outras. Vou me esforçar. Até porquê, quando ele lançar o livro dele, quero merecer um autografado.
Tem muita coisa legal no Ig do poeta: @ensandecidos, entra lá. Garanto que vai se identificar com vários textos. Eu me li em muitos.
( ^^)人(^^ )

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