[DJ] 99 balões

Luana Alves
21 de out. de 2016
2 min de leitura

Hey!

Eu amo balões. Você ama balões?

Mas esse texto é mais que isso. Sabe quando você ouve uma música e ama o som? Aí você vai pesquisar e descobre o nome da banda, o nome da música e uma história sensacional por trás da composição?

Vim dividir com você a história dessa música, então, o ideal é que a ouça primeiro:

Nena – 99 Luftballons

Essa música fez um sucesso estrondoso nos anos 80 e desde essa época tem sido regravada em vários idiomas e por vários artistas. Fez parte até da trilha de filmes e games. Uau, né?!

Mas o mais legal é a situação em que levou a música a ser composta, e imagino que uma boa porcentagem do sucesso da música vem daí. Vamos a história:

A Alemanha ficou dividida entre 1961-1989, num período chamado Guerra Fria (Calma, vai ficar legal, prometo.) Uma parte da Alemanha, chamada de Ocidental, era capitalista, e a outra parte, chamada de Oriental, era Socialista. Havia uma longa fronteira separando as “2” Alemanhas e a cidade de Berlim recebeu uma divisão física: um muro. Se você estivesse do lado Oriental e tentasse passar para o Ocidental, você seria morto (ou ferido, ou levado preso, ou todas as alternativas anteriores) por um dos militares socialistas que faziam a patrulha (isso é sério, cerca de 80 mortes foram confirmadas, mas você conhece o sistema, o número deve ser bem maior).

Em 1982, os Rolling Stones foram fazer um show na parte maneira da Alemanha, a Ocidental. Nesse show, soltaram diversos balões, que foram subindo e se espalhando pelo céu. Carlo Karges, o guitarrista da banda da Nena, estava lá e ficou imaginando se esses balões iriam atravessar a fronteira, por cima dos muros, e qual seria a reação das pessoas do lado de lá. Aí ele compôs essa letra fantástica (a tradução [porque estou duvidando da sua fluência em alemão] está AQUI.), que é uma crítica para a guerra (e por que não estender a crítica para todo sistema, político ou não, que causa divisões na humanidade) que eles estavam vivenciando.

Desse modo, além de ter uma sonoridade incrível, o tema continua bem atual. E, apesar das divisões a que somos impostos desde o nascimento (esse é rico... esse é pobre... esse é bonito... esse é feio... esse é cristão... esse é hindu... enfim...), sempre haverá balões que não irão respeitar essas fronteiras, que atravessarão esses limites, e levará um pouquinho da utopia da igualdade pro outro lado.