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[Resenha] Em Algum Lugar nas Estrelas

  • Luana Alves
  • 26 de out. de 2016
  • 3 min de leitura

Hey!


Hoje vou dividir com vocês a experiência que tive ao ler o livro mais bonito da minha estante:

resenha em algum lugar nas estrelas

TÍTULO: Em Algum Lugar nas Estrelas

AUTOR: Clare Vanderpool

EDITORA: Darkside Books

PÁGINAS: 277 + Extras (com observações muito bem-vindas)

GÊNERO: Literatura Estrangeira / Juvenil

Jackie está passando por um momento muito difícil. Sua mãe morreu inesperadamente e seu pai, o capitão John Baker Jr., que esteve ausente por 4 anos, por conta dos conflitos da 2ª Guerra Mundial, retorna. Porém, o relacionamento dos dois fica muito complicado, e Jackie é enviado para um colégio interno no Maine. No colégio, Jackie tem vários problemas de adaptação, e acaba se aproximando de Early Auden, o mais estranho dos garotos. Early, que possui um tipo de autismo altamente funcional (não identificável em 1945, ano em que se passa a narrativa), discorda do professor de matemática que diz que o Pi (o número irracional, que começa com 3,14...) é finito e vai acabar. O garoto, que vê os números como formas, cores e texturas, lê uma história nos algarismos que formam o Pi, chega à conclusão que ele não vai acabar, só está perdido. Na primeira oportunidade, Early e Jackie roubam um barco da escola e vão em busca de Pi e, nessa aventura, encontram a si mesmos.


(Clique sobre a imagem para ampliá-la)

Em algum lugar nas estrelas

Jackie é quem faz a narrativa. Percebemos logo no início como ele se sente completamente perdido após a morte da mãe.


“Um corte fora aberto em mim, e era tão fundo que eu me sentia vivendo aquele momento crítico em que o lenhador grita “Madeira!”, mas, de algum jeito, permanecendo em pé, em equilíbrio precário, sem saber para que lado poderia cair.” – Pág. 189


Seu pai, que deveria ser seu Norte agora, também está processando o luto e com dificuldades para se adaptar ao filho, que agora está bem mais crescido do que ele se lembrava. Assim, Jackie é mandado para longe. Early, está lidando (da maneira dele) com a notícia que seu irmão morreu na guerra. Esses garotos, que perderam as pessoas mais importantes para eles, se unem em busca de algo. Jackie não tem muita certeza sobre o que eles estão buscando, ainda assim, sente a necessidade de ir.


“Embora não houvesse estrelas para me guiar, nem marcos para determinar um curso, nem mesmo a voz de minha mãe para me confortar, eu ainda tinha alguns parâmetros de localização. Havia coisas que eu sabia serem verdadeiras.” – Pág. 96


“Sabia que seguiria Early onde quer que ele fosse. Ele pode se perder e me levar junto, mas é melhor do que ficar perdido e sozinho.” – Pág. 104


O livro contém histórias paralelas. Early enxerga uma história nos números de Pi, e essa história é contada aos poucos. Ao mesmo tempo, o que acontece com Pi vai acontecendo também com os meninos em sua caçada pessoal. Isso me incomodou um pouco. Eu ficava pensando “Putz, já deu a cota de coincidências, né?”, até que eu tomei essa bem na cara:


“Não existem coincidências. Só milagres, e aos montes.” – Elaine Baker, pág. 275


E no final é isso mesmo. O livro retrata vários milagres.


“O mais estranho dos garotos me salvou de ser arrastado.” – Pág. 15


Assim como as estrelas são pontinhos luminosos esperando para serem ligados, formando assim as constelações (que lindamente ilustram o início dos capítulos), a vida vai nos ligando a pessoas inesperadas, nos conectando uns aos outros, os caminhos se cruzando, para formar a nossa história.

cancer em algum lugar nas estrelas


É um livro lindo! Estéticamente (deu pra perceber pelas fotos, certo?) é perfeito: Capa dura, folhas grossas, diagramação perfeita, ilustracões lindas e bem colocadas, a arte da capa é a mais linda que já vi (e não estou exagerando!) e até o marca-páginas é um encanto. Só que ele é mais que um livro bonito, seu diferencial está na mensagem que transmite. É um livro sobre amizade, lealdade, família, perdas e encontros. Vale muito a pena. Terminei o livro em pouquíssimos dias e com lágrimas nos olhos. Early, o garoto mais estranho do mundo, tem muito que nos ensinar. E vamos aprendendo, junto com Jackie, que milagres existem. Aos montes.


♥(ノ´∀`)

 
 
 

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