[Filme] A Garota no Trem

Hey!

Se você precisa pegar trem/metrô diariamente para chegar ao trabalho, sabe como pode ser bem entediante ficar espremido entre centenas de pessoas, tendo sua respiração misturada e seu corpo colado ao de desconhecidos. Mas em Londres (livro), Nova York (filme), o transporte coletivo é bem mais civilizado. E além de você conseguir um lugar perto da janela diariamente, você ainda tem paz o suficiente para ficar imaginando a vida das pessoas que moram perto dos trilhos.

O filme A Garota no Trem é totalmente fiel ao livro. Mesmo (Ueba! [Interjeição que exprime alegria {acho que o mais comum é OBA!, mas Ueba! É mais legal}]). Falei mais sobre o livro AQUI.

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TÍTULO: A Garota no Trem (Baseado no livro, com o mesmo título, da Paula Hawkins)

DIRETOR: Tate Taylor

ESTÚDIO: Universal Pictures

LANÇAMENTO: 27 de Outubro de 2016

DURAÇÃO: 1h 52m

GÊNERO: Drama/Suspense

CLASSIFICAÇÃO: 14 anos

Rachel é uma mulher que está completamente devastada. A depressão a levou ao alcoolismo, e o alcoolismo fez com que ela perdesse o marido, a casa, o emprego e a dignidade. Todos os dias ela pega um trem em direção à cidade e observa, da janela do terceiro vagão, um casal perfeito na varanda. Para ela, aquele casal tem algo especial, algo que ela própria já teve. Mas todas as verdades que ela construiu caem por terra quando ela observa que a mulher, que ela tanto admirava, estava com um outro homem naquela varanda. Rachel sente toda a dor de ser traída novamente, se colocando no lugar do marido da adúltera. Isso faz com que as lembranças da traição que ela mesma sofreu voltem com força, levando Rachel a uma bebedeira monumental. Rachel acorda no dia seguinte com um corte na cabeça e com um lapso total de memória. Logo ela descobre que a loira da varanda está desaparecida e que ela esteve no último local em que a mulher foi vista. O que aconteceu? O que ela viu? O que fez? Acompanhamos a busca desesperada de Rachel por respostas, ao mesmo tempo em que ela luta para se manter sóbria.

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O filme também é contado em três perspectivas: A de Rachel, a de Megan (a loira desaparecida, que é interpretada pela Haley Bennett, que é idêntica à Jennifer Lawrence [que sorte!]), e a de Anna (a atual esposa do ex da Rachel).

(A bonitona, misteriosa, safada e desaparecida Megan)

Mesmo com três narrativas, com atrizes e atores parecidos fisicamente (o que pode prejudicar o entendimento de alguém que é péssimo com fisionomias [tipo eu]) e indo e voltando no tempo, acompanhamos bem a história e não ficamos confusos.

(Mãe dedicada, ladra de maridos, típica "odeia a ex" e habilidosa com saca-rolhas: Anna.)

Emily Blunt está PERFEITA como Rachel. Percebemos claramente o descontrole dela, a dor que a leva aos bares. A olheira como uma moldura para os olhos tristes, o tremor nas mãos, as unhas sujas. Um mulher que desistiu de si mesma e da vida.

(Rachel: bêbada, com dor de cotovelo, voyeur, enxerida e ótima.)

A classificação é de 14 anos, mas acho que 16 não seria nenhum exagero. Tem cenas de violência, insinuações de sexo e muitos, muitos nudes (Megan-Safadona).

O mistério se mantém até o finalzinho, como no livro, quando as coisas começam a fazer sentido e você percebe que foi feito de besta pela autora (o que é muito legal). Não sei qual seria meu julgamento se não tivesse lido o livro antes, mas minha impressão é que o filme consegue te levar de um lado para o outro junto com as investigações.

Amei o fato de o filme ser fiel ao livro. Acho que esse é o segredo para as adaptações: Se um livro fez sucesso e você decidiu fazer um filme dele, siga o que está ali. Não tem como dar errado.

Embora sutil, a mensagem tá lá: Mulheres, vocês vão muito mais longe se pararem de rivalizar e se unirem.

Meu marido, que não leu o livro, deu nota 9,5. Eu, que li o livro, mantenho a nota de 9,5. Ou seja, a chance do filme prender sua atenção e dar um nó no seu cérebro (mesmo sendo expert em desvendar crimes, formado em todas as temporadas de CSI) é bem grande. Assista.

(-‘๏_๏’-)

#livros #filmes