[Resenha] O Teatro Mágico em Palavras - 1 e 2
- Luana Alves
- 9 de nov. de 2016
- 3 min de leitura
"O que faz com que algumas pessoas sejam nossas e todo o resto do mundo não?"
Hey!
Não é novidade pra ninguém, quer dizer, talvez seja pra você, eu sou fã de Teatro Mágico. Já postei algumas coisas sobre eles no Instagram (poderia estar roubando, poderia estar matando, mas estou aqui só pra pedir pra você me seguir lá: @segunda.opiniao) e se você me conhece pessoalmente já deve ter me ouvido cantarolar as músicas deles por aí (sei que foi difícil passar por essa experiência, já que eu sou “A” desafinada. Mas você pode sempre se concentrar na letra e ignorar a voz da menina aqui).
Só rapidinho: O Teatro Mágico mistura poesia, música, dança, circo... tudo que é bom numa coisa só. Tem como dar errado? Não, não tem. E se você discorda de mim, pode ser que seja você quem tenha dado errado. (Brincadeira, pessoa bonita. Você não precisa gostar das mesmas coisas que eu, não [Sério mesmo! {Mas não custa nada dar uma segunda chance pra eles, expandir seu universo, abrir sua mente, certo?}])

O texto de hoje é [Resenha] e não [DJ], então, cadê o livro?
Aqui ó:

O livro “O Teatro Mágico em Palavras I – Inspirações” foi lançado em 2007 e “O Teatro Mágico em Palavras II – Diálogos” foi lançado em 2010. Ambos foram escritos pela Maíra Viana, que brinca lindamente com as palavras. Os livros são comercializados de forma independente, tanto na lojinha do Teatro nos shows como na loja online. Comprar no show é mais legal porque você vê o show (Yeah!), conhece o sr. Odácio (pai do Fernando, vocalista da banda) e não paga o frete. Mas, se a trupe for demorar para passar por aí onde você mora (como tem demorado para passar por aqui), dá pra comprar no site deles também (DAQUI VOCÊ VAI PRA LÁ).
Os livros são compostos por crônicas que conversam com as músicas do Teatro. As crônicas são curtinhas e simples, mas repletas de poesia. Dá pra ver que a Maíra e o Fernando falam a mesma língua, sabe? Usam as mesmas analogias, vêem beleza nas mesmas coisas. Aí saiu essa obra casadinha de literatura e música, colorindo o cotidiano, nos fazendo repensar o dia, os afazeres, tornando a noite, as relações e os aléns líricos.
Os livros possuem poucas páginas, são ilustrados num estilo “literatura de cordel” e a fonte usada está em um tamanho que você conseguirá ler sem óculos mesmo sendo bem míope (tal como eu). Ou seja, você vai ler rapidinho. Li em um domingo chuvoso, acompanhando as músicas e respondendo o Whats. Ou seja, leitura gostosa, curta (então não vai ficar tedioso) e fluída.
Vou colocar alguns trechos aqui pra você entender do que eu tô falando.
DESPERFUMADOS (Livro II) – Dialogando com a música “CIDADÃO DE PAPELÃO”
“Jamais nos tornaremos clientes, eleitores ou pacientes. Cinéfilos, internautas, crentes? Nossas demandas nunca se farão urgentes! Seremos sempre invisíveis, esquecidos, indigentes. Desperfumados, famintos, sem direito à pasta de dente.”
AS MINHAS PESSOAS (Livro II) – Dialogando com “PERTO DE VOCÊ”
“Mas, quer saber? As minhas pessoas são legais! Se parecem comigo! São a minha gente. E eu não abro mão delas; mesmo quando são vacilantes, rasas, furonas ou impiedosas! Eu só queria que elas lembrassem que, para além da vida comum, existem sons invisíveis que nos chamam, que nos tele-transportam e nos colocam num mesmo espaço e tempo. Falo de uma frequência afetiva que faz com que a gente se perceba, se pertença, se adote; oscilando encontros e desencontros, em ondas de afinidade que nos selam uns nos outros, mesmo que distantes, independente de que horas são e de onde estamos agora!”
Essa leitura fez um bem danado pro meu espírito. Mais que recomendo.
(. ♥ ‿ ♥).

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