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[Resenha] Orgulho e Preconceito - Jane Austen

  • Luana Alves
  • 6 de dez. de 2016
  • 3 min de leitura

Hey!


Jane Austen é uma escritora inglesa de grande destaque, perdendo o posto de “maior” apenas para Willian Shakespeare, ou seja, ela é destruidora.


Tive a oportunidade de ler Persuasão no final de 2014/início de 2015. Está nos planos resenha-lo; mas, para tal, precisaria relê-lo (mesmo que rapidamente). Pode ser que demore um pouco para eu conseguir atingir essa meta (porém, se você quiser saber minha opinião sobre ele é só falar que dou uma adiantada no projeto). A leitura dessa única obra da srta. Austen me fez entender o porquê da fama que ela ainda possui, quase 200 anos após sua morte.


Quando vi a edição especial da editora Martin Claret, reunindo 3 romances da autora em um único livro, de capa dura e cheio de arabescos dourados, foi amor à primeira vista. Estou com essas belezuras enfeitando a minha estante e com seu conteúdo ampliando minha mente.


***


TÍTULO: Orgulho e Preconceito

AUTOR: Jane Austen

ANO DE LANÇAMENTO: 1813, edição de 2015

EDITORA: Martin Claret

PÁGINAS: Livro todo – 631; só o Romance em questão: 233

GÊNERO: Literatura internacional/ Romance


Elizabeth Bennet pertence a uma família bastante incomum. Não são ricos, mas também não são paupérrimos. É a segunda filha e tem 4 irmãs. O grande objetivo da Senhora Bennet é ver as filhas casadas e ela não polpa esforços para tal.

A narrativa é em terceira pessoa e logo no início somos informados que chegou um bom partido na região: o Sr. Bingley. Um baile é organizado e a família Bennet conhece os forasteiros. O Sr. Bingley não está sozinho, trouxe duas de suas irmãs, um cunhado e um amigo, o Sr. Darcy.

A primeira descrição que temos do Sr. Bingley é bem positiva, um cavalheiro de boa aparência e maneiras simples. Sr. Darcy, no entanto, é descrito como orgulhoso, se achando superior aos presentes, e consegue deixar sua popularidade ainda pior quando ofende a srta. Elizabeth Bennet (Lizzy), dizendo que ela tem uma aparência apenas suportável.

O Sr. Bingley se encanta por Jane Bennet, a mais velha das irmãs, e logo começa a arrumar pretextos para vê-la. Assim, os caminhos de Lizzy e Darcy se cruzam com muita frequência, e a opinião dela piora a cada encontro, tendo cada vez mais certeza de sua arrogância e empáfia. O Sr. Darcy, porém, começa a admirar a inteligência da srta. Bennet, sua impertinência e não consegue ficar indiferente à ela. A família Bennet, no geral, têm modos vergonhosos e, por fim, o Sr. Bingley se afasta da região sem propor noivado à Jane.

Algum tempo depois, ao se encontrar com Lizzy, o Sr. Darcy diz-se apaixonado por ela. Lizzy tem plena certeza de que ele é o responsável pelo afastamento do namorado de sua irmã, cujo orgulho não aprovaria a união do amigo com uma moça de origem mais simples e de uma família bem menos educada. Outros boatos fazem com que ela tenha verdadeira repulsa pelo Sr. Darcy.

Após novos acontecimentos e descobertas, Lizzy Bennet acaba percebendo que pode ter sido injusta em seus julgamentos. Será que a opinião que ela formou a respeito do caráter dele se devia apenas ao seu preconceito? Será que é tarde demais para reconsiderar o pedido dele?


***

resenha orgulho e preconceito


A construção das personagens é impecável. Ao fazer a leitura passamos a conhecer tão bem a índole de cada um deles que parece que somos vizinhos daquela família. Lizzy é encantadora! Um pouco maldosa, irônica, ácida e tão humana quanto eu e você. Entendo bem o porquê de o Sr. Darcy ter se rendido ao seu charme. A personalidade do Sr. Darcy ser desvendada aos poucos também é genial. Um homem tímido, até arredio, que começa a se esforçar para que alguém possa de fato conhecê-lo.


Já tinha assistido ao filme, de 2005, e percebi que ele foi bem fiel ao livro. A atriz, Keira Knightley que representa Lizzy no filme, dona de um dos sorrisos mais lindos do mundo, ficou em minha mente durante a leitura, e atribuí à personagem a aparência e o jeito meio moleca dela.



Recomendo tanto a leitura do livro como que assista ao filme. Independente da ordem.


A descrição tão precisa da natureza humana presente na obra nos ajuda a fazer uma auto avaliação necessária. Até que ponto os defeitos que aponto nos outros não é uma extensão do meu próprio eu que prefiro ignorar? Até que ponto minha opinião sobre as pessoas não é contaminada pelas minhas verdades, às vezes, tão cheias de pré-conceitos? Será que as ofensas que me atingiram em cheio não são apenas expressões sinceras de uma realidade que não quero admitir?


“Isso é verdade – replicou Elizabeth –, e eu não teria dificuldade em perdoar o orgulho dele, se ele não tivesse ferido o meu”. – Pg. 247


Fica aí a reflexão que Austen nos propõe, nesse romance atemporal.


(Bastidores: Como digita com essa patinha no meio?)

~(^з^)-☆



 
 
 

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