[Resenha] Caixa de Pássaros - Josh Malerman

Hey!

Até ontem eu era a virjona dos livros de terror. Nunca havia nem tentado ler um thriller. Não exatamente por medo, mas é um gênero (inclusive em filmes) que não faço mínima questão.

Caixa de Pássaros tá bem famosinho, apareceu repetidamente no meu feed e a sinopse é tão intrigante que não teve como resistir. Me rendi e li meu primeiro livro deste tipo. Vamos a minha experiência:

TÍTULO: Caixa de Pássaros

AUTOR: Josh Malerman

EDITORA: Intrínseca

PÁGINAS: 264

ANO DE LANÇAMENTO: 2014

GÊNERO: Literatura Estrangeira / Terror

Com a narrativa em terceira pessoa, Caixa de Pássaros nos apresenta Malorie e alterna a narrativa entre presente, quando Malorie decide pegar seus dois filhos e descer rio abaixo num barquinho velho e vendados, e passado, que mostra como Malorie foi pega de surpresa pelo “problema” e como ela, com a ajuda de alguns amigos, conseguiu sobreviver até ali.

Com 24 anos, recém saída da casa dos pais e aproveitando a liberdade, Malorie e, sua irmã, Shannon começam a ouvir notícias sobre um problema. Algumas pessoas depois de verem “algo” praticam atos violentos que culminam em suicídio. Primeiro alguns casos na Rússia, mas logo as notícias mostram que o problema já chegou aos EUA. Malorie se mantém cética até que o mesmo acontece em sua casa, com a própria irmã. Malorie sabe que ela precisa sair em busca de ajuda para ela e para o bebê, que ela acabou de descobrir que está esperando. Ela não sabe o que é, mas há um inimigo lá fora e ela não pode vê-lo.

Ela é recebida por um grupo de desconhecidos que têm feito grandes progressos em viver nesse “novo mundo”, onde enxergar pode ser fatal. Eles aprenderam a fazer as tarefas mais cotidianas com os olhos vendados e cuidam uns dos outros. Porém, como a narrativa alterna entre passado e presente, descobrimos bem no início que essas pessoas, tão bem intencionadas, não estarão vivas dali a 4 anos. Quase deixei de ler aí, antes de me apegar aos personagens que sabia que morreriam, achando que eu ia ficar chorando a cada capítulo, a cada perda. Ainda bem que continuei a ler, porque embora seja triste e pessoas morram o tempo todo no “novo mundo”, não chorei e nem fiquei de ressaca ou algo assim.

O grande lance do livro é a escuridão na qual somos inseridos. Os personagens não podem ver com o que estão lidando, então nós também não vemos. Mas os ouvimos, sentimos, tememos. Chega a ser desesperador em alguns momentos pensar em tudo o que Malorie perdeu e mesmo assim precisar ter forças para criar duas crianças nesse mundo louco em que nasceram.

Algumas questões surgem durante a leitura também. Será que os animais também são afetados por "aquilo"? Alguém que já tenha problemas mentais, enlouquecerá ainda mais e cometerá suicídio ou são imunes?

Josh Malerman deve ter passado muitos dias vendado para conseguir transmitir com tanta exatidão como é viver sem poder olhar. E o fato dele conseguir fazer com que a gente preencha essas lacunas com a nossa imaginação é genial.

Não senti medo, por isso talvez ache que “suspense” se aplicaria melhor que “terror”. Mas senti uma curiosidade tão forte que terminei o livro em apenas duas pegadas. A leitura é fácil e flui bem e simplesmente não dá pra largar antes de descobrir o porquê Malorie começa o livro sozinha com as crianças, para onde é que aquela doida está indo e por quê.

Obs 1. Gostei muito do final e acho que essa história ficaria genial no cinema (Hollywood: #ficadica).

Obs 2. Não sei se você tem o hábito de ler os agradecimentos finais, eu sempre leio e decidi ali que quero ser amiga do Josh. Alguém tem o Whats dele pra me passar?

へ（>_<へ)

#livros