[Resenha] A garota do calendário - Fevereiro
- Luana Alves
- 25 de fev. de 2017
- 3 min de leitura
Hey!
Falei do reboliço que A Garota do Calendário tá causando por aí, né? Em todas as redes sociais a gente vê foto dos livros empilhadinhos, parecendo um arco-íris. Rs
Li A Garota do Calendário – Janeiro, e dei minha opinião sobre ele AQUI. Se você tem curiosidade para saber do que se trata a série, dá uma olhada lá, porque aqui vamos falar sobre como foi o Fevereiro de Mia.

TÍTULO: A Garota do Calendário - Fevereiro AUTORA: Audrey Carlan EDITORA: Verus, 2016 PÁGINAS: 135 GÊNERO: Romance, Hot

No finalzinho do livro de Janeiro, tivemos uma ideia do que ela enfrentaria em Fevereiro. Alec Dubois, um artista francês, havia contratado Mia para posar para seus quadros. Ao chegar ao loft que servia como estúdio e ateliê, Mia teve um vislumbre do que a aguardava. Pessoas andavam por todos os lados, algumas eram fotografadas, outras pintadas, outras usavam seus corpos para projetar sombras em um tecido. E todas estavam NUAS.
Não que Mia se importe. Ao ver seu contratante (“ele era tão lindo que foi quase impossível desviar o olhar. Lembrava o Ben Affleck, só que mais gostoso.”), ela ficou salivando.
Logo, Alec Dubois divide seus planos com sua musa. Ele irá pintar uma série de quadros, que mesclam pinceladas com fotografia, e que representam várias fases do amor. Ele irá começar com uma tela que chama de “Nada de amor para mim” e pretende traçar um caminho pelas telas até que Mia, a musa, demonstre ter encontrado o verdadeiro amor, o amor por si mesma.
Decidida a não sofrer com a separação de Wes, Mia determina que vai se conectar com seu lado mais artístico e se divertir com seu francês em Fevereiro.
***

Fevereiro também tem um leitura extremamente fluída. Sem floreios no linguajar ou na linha de pensamento da narradora, a gente termina a leitura do livro em um instante. Poucas horas e você chegou à página final.
Na resenha de Janeiro eu disse que acreditava que as personagens haviam sido apresentadas de maneira superficial porque a autora dividiu a saga de Mia em 12 meses, 12 livros, e que ela iria trabalhar sua protagonista aos poucos. Se é isso mesmo é beeem aos poucos. Não conhecemos nenhuma faceta nova na Mia nessa sequência. Nenhum outro lado de sua personalidade que me fez gostar mais dela. Nenhum acontecimento marcante em sua vida que foi determinante na construção de seu caráter. A Mia é uma das personagens mais rasas que já encontrei.
Mas nem só de Mia Fevereiro é feito, temos o Alec-francês-delicioso-e-artista também. A princípio, o Sr. Dubois apresenta para sua acompanhante sua visão sobre o amor. É bem diferente da que Wes e ela própria possuía.
“Oui. Exatamente, ma Jolie. Você entendeu. O meu compromisso com você é te amar inteiramente durante o tempo em que estivermos juntos. Isso vai ficar com você. E eu vou levar o seu amor comigo. Então, nós dois sempre saberemos que este tempo foi construído com base em confiança, amor e amizade. – Ele fez uma pausa e me beijou com suavidade. – Nada mais é necessário nesta vida.”
E, naquele instante, há um lampejo de que Alec teria mais a oferecer, seria mais interessante. Ledo engano, meu amigo. Alec não acrescenta mais profundidade à trama. Na verdade, ele é tão pouco explorado que chega a ser vergonhoso. Não ficamos sabendo NADA sobre ele. Ele poderia ser apaixonante; artistas são apaixonantes, com sua visão poética sobre a vida e sobre o mundo. Porém, Alec é totalmente esquecível.
Está decidido: Não gosto da Mia. A respeitaria mais se ela tivesse decidido, depois de muito ponderar e sofrer, ser uma prostituta para saldar a dívida do pai que está em coma. Mas, não. Ela é uma acompanhante de luxo (que dormiu com 100% de seus clientes até agora) que dá chilique ao ser tratada como uma quenga.
“Não foram os homens que me fizeram acreditar que eu era uma prostituta. Fui eu mesma. Minhas próprias inseguranças assumiram o controle e causaram estragos em minha psique. Eu não era uma mulher que ficava nas esquinas, uma garota de programa. Vagabunda, talvez. Prostituta, não.”
Miazinha, assim não dá pra te defender.
Esperava que esse mergulho na arte seria uma experiência transformadora para ela, mas não foi. Foi bem decepcionante para mim como um todo esse livro.
Se cumprirei a promessa e lerei de Março em diante? Não prometo mais nada. Vamos ver o que minha estante me reserva.
<(¯ ﹌ ¯)>

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