[Filme] Até o Último Homem
- Luana Alves
- 28 de fev. de 2017
- 2 min de leitura
Hey!
Sei que o Oscar já foi, quem teria quer ser premiado já ganhou e as melhores produções já foram afirmadas. Não consegui ver todos os concorrentes antes da premiação, o que é uma pena. Mas, isso não significa que desisti de assisti-las. Ontem mesmo assisti ao filme que levou 2 estatuetas para casa: Melhor mixagem de som e Melhor edição.
E de quem é que eu tô falando?

TÍTULO: Até o último homem
DIRETOR: Mel Gibson
LANÇAMENTO: 26/01/17
CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 16 anos
DURAÇÃO: 2h 20m

Desmond Doss é Adventista do Sétimo Dia e leva os mandamentos bíblicos muito a sério. Como cresceu em um lar violento, Desmond repudia confrontos e procura levar uma vida pacífica. Até irromper a 2ª Guerra Mundial, conflito que abalou as estruturas até mesmo da pessoa mais neutra. Depois de ver seu irmão se despedir da família e ir para guerra, e alguns jovens se suicidarem por terem sido considerados inaptos para o serviço militar, Desmond acha que é seu dever ir para a guerra também; não esperar de braços cruzados que outros jovens lutem por ele. Mas, Desmond é Objetor de Consciência. Isso significa que ele se nega a pegar em armas e matar. Decidido a atuar no meio das batalhas como médico e salvar vidas ao invés de tirá-las, ele pretende salvar até o último homem.
***
OPINIÃO DO USO:
Citando o Tiago, do Brigada Paralela: “Já começa com vantagem por ser baseado em uma história real. Já termina com vantagem por mostrar no final do filme entrevistas com os soldados reais.”
O filme concorreu em seis categorias. Além das 2 que ganhou, Até o Último Homem também poderia ter ganhado como Melhor Ator, Melhor Filme e Melhor Direção. Ainda não assisti a Moonlight: Sob a Luz do Luar ou Manchester à Beira-Mar (nomes poéticos, não?), mas tem que ser muito fera pra ter tirado prêmios do filme dirigido por Mel Gibson.

Andrew Garfield conseguiu transmitir toda a doçura e bravura que o personagem exigia. Mas não deixa de ser um filme de guerra. Há bombas, tiros, explosões, membros dilacerados, sangue escorrendo pela tela e pingando no chão da sua sala. Apesar disso, porém, tem um ponto pacífico no meio daquele caos: Desmond. O legal é o paradoxo que isso causa: Alguém que não aprova a guerra, que se nega a matar, mas não consegue ficar de fora da guerra.
É um filme sobre fé, valores e princípios. É sobre lutar para ter aquilo que você acredita respeitado. É sobre você não ver uma outra maneira de conviver consigo mesmo, a menos que concilie o que acredita com o que faz.
Eu chorei (o Tiago também [entrego mesmo, haha]). Fiquei horrorizada com as cenas de guerra, e só de pensar que na real mais de 50 milhões de vidas foram perdidas na 2ª Guerra, me sobe um frio na espinha e se forma um nó na garganta. Mas, o que me emocionou mesmo foi a força de caráter de Desmond Doss. E ele emocionou não só a mim, já que foi o primeiro Objetor de Consciência da história norte-americana a receber a Medalha de Honra do Congresso.
Suuuper recomendo.
(^ 人 ^)

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