[Resenha] Um beijo inesquecível - Julia Quinn
- Luana Alves
- 10 de mar. de 2017
- 4 min de leitura
Hey!
Amo como os livros da Julia Quinn acabam rapidinho. E não é porque tem poucas páginas ou porque você quer se livrar logo dele, mas porque a narrativa é extremamente cativante e as folhas vão sendo passadas com uma velocidade ímpar.
Você conseguiu ir em algum dos encontros com ela? Desde o dia 5 ela está no Brasil, sendo uma fofa e autografando livros para os fãs, na turnê de lançamento do quarteto de livros sobre as Smythe-Smith. Hoje foi a passagem dela por SP, mas eu me encontro retirada da capital, então não consegui vê-la (#ochoroélivre). Amanhã ela estará em Curitiba (Shopping Palladium) e dia 12 no RJ, mais precisamente no Shopping Leblon, encerrando sua visita ao Brasil por lá.
Fiquei vendo as fotos de vocês, com os livros autografados e tão pertinho daquela pessoa que abriga uma mente tão criativa (achei que a cabeça dela seria maior para comportar tanto cérebro) e uma capacidade de escrever tão maravilhosamente bem e sofri calada (#sqn, olha eu aqui reclamando da vida).
Eu e minha capacidade de me desviar do assunto principal, né? Aguenta firme aí e não desista de mim, amiguinho. A resenha está logo aqui:

TÍTULO: Um beijo inesquecível (Os Bridgertons – 7)
AUTORA: Julia Quinn
PÁGINAS: 271
EDITORA: Arqueiro
GÊNERO: Romance de época

Hyacinth Bridgerton está em sua 3ª temporada e começa a se preocupar ao perceber que os pedidos e pretendentes diminuem a cada temporada. Sua fama a precede e afasta homens pouco preparados em lidar com uma mulher “diferenciada”. A caçula Bridgerton simplesmente não tem paciência para todas as regras de etiqueta que permeiam a sociedade e se nega a ser uma mulher discreta. Sua opinião nunca é ocultada e os homens parecem ter medo do temperamento tão vívido dela. As coisas começam a mudar quando Gareth, neto da rabugenta Lady Danbury, se apossa do diário da avó paterna - Isabella, que contém segredos importantes da família St. Clair. Como ele foi escrito em italiano, Gareth precisa contar com a ajudar da amiga de sua avó materna, a Srta. Bridgerton, para traduzi-lo.

OPINIÃO DO USO: No 6º livro da série começamos a conhecer melhor Hyacinth e fiquei meio assustada com aquela moça que parecia ser futriqueira (será que essa palavra existe mesmo ou minha família inventou?). Até tive certo receio de não gostar da história por conta da personalidade da heroína em questão. Homens de Londres que fugiram da Hyacinth durante os bailes, eu os entendo.
Mas logo fica bem claro que ela é bem amiga da Lady Danbury, uma figurinha já conhecida, sem papas na língua e uma personalidade um tanto mordaz. E eu sempre gostei muito da Lady Danbury! Assim, a srta. Bridgerton começou a subir no meu conceito.
Gareth não se deixa intimidar pelo raciocínio rápido da Hyacinth, e por vezes a deixa sem palavras. Os diálogos deles são inteligentes, irônicos e deliciosos. Ao ver que não consegue amedronta-lo, o respeito de Hyacinth por ele cresce, assim como a admiração e o respeito. E daí para o matrimonio é um pulo. Certo? Errado.
“Tem ideia do que significa ser só? – perguntou ele baixinho, ainda sem olhá-la. – Não por uma hora, não por uma noite, mas simplesmente saber, com absoluta certeza, que daqui a alguns anos você não terá ninguém. (...) Eu daria o mundo para ter mais uma pessoa pela qual daria minha vida.”
Gareth tem problemas familiares demais para ficar em busca de um amor. Com uma relação conturbada com o pai, ele se mantém afastado da grande sociedade, buscando na solidão alguma paz. Ao perceber o quanto Hyacinth é boa para com sua avó, um carinho por ela começa a surgir. Ele também considera a Srta. Bridgerton alguém única, com todo seu barulho e agitação. Mas teme que o segredo da família St. Clair os afaste.
A participação mais constante de Lady Danbury neste livro foi uma grata surpresa. Acho ela ótima. Por outro lado, a casa Bridgerton tão vazia foi estranho, já não é mais uma grande e louca família. Somente Hyacinth ainda mora com Violet. E não tivemos quase nenhuma aparição de Gregory até agora. O próximo livro é sobre ele e não sei o que esperar do mais jovem rapaz da família.
– Muito bem, mas as únicas palavras que eu permitirei que saiam da sua boca serão; “Oh, Gareth” e “Sim, Gareth”.
Ele retirou o dedo.
– E que tal “Mais, Gareth”?
Ele quase conseguiu se manter sério.
– Isso será aceitável.

Gostei do desenrolar do romance entre Gareth e Hyacinth. Achei as partes mais picantes mais corridas e menos românticas que as protagonizadas pelos outros integrantes da família, mas creio que isso se deve ao fato de que Hyacinth não é uma mulher comum. No final, tudo teve a cara dela. A conclusão do “grande segredo” também não me deixou completamente satisfeita, me pareceu apressado e incompleto. Preferiria ter visto o pai de Gareth tendo que enfrentar a verdade, mostrando publicamente sua vergonha. Mas, isso em nada torna a narrativa incoerente, só me daria paz de espírito.
Com respeito a edição, sem dúvida é minha capa preferida. Quero recortar a capa e levar para algum cirurgião plástico e dizer, mostrando o recorte, “me deixa exatamente assim”.
Faltam só dois livros para eu terminar a série e meu coração já está apertado. E está apertado também por Violet, como ela vai se sentir sozinha sem Hyacinth em casa.
– Gareth, sim ou Gareth, não?
Ela sorriu. Não dava para se conter.
– Gareth, mais.
Vale a pena conhecer a história de Hyacinth e Gareth.
Conheça os outros livros da Série:
♡ (.- ω-)

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