Conheça a Série: A Seleção - Kiera Cass

Claudia Del Santo
11 de mar. de 2017
4 min de leitura

O primeiro livro de A Seleção foi lançado em 2012. Se tornou um fenômeno editorial, vendeu mais de 3,5 milhões de cópias e foi traduzido para 32 línguas. Já faz algum tempo que li essa trilogia, mas vou registrar as impressões que tive da série e a lembrança que ela me deixou.

A Seleção é uma Distopia (se passa num mundo fictício criado pelo autor). No caso, os Estados Unidos não existe mais e em seu lugar está Illéa, um país dividido por Castas. Essas Castas determinam a classe social da pessoa, que pode ir da Casta 1 (realeza), até a Casta 8 (abaixo da linha da pobreza).

A personagem principal, America Singer, é da Casta 5. Se trata de uma garota simples, vinda de uma família humilde e que diferente das outras jovens de Illéa, não tem o menor interesse em se tornar princesa. Sim, as meninas têm uma pequena chance de sair da miséria, basta passar por uma rigorosa seleção, ser convidada a ficar por um período no palácio real com outras 34 garotas, ser escolhida (dentre todas elas) pelo príncipe e se tornar sua esposa.

Imagine como esse evento mexe com o imaginário das plebeias desse país! Mas, como já mencionado, America não está interessada; isso porque a jovem se encontra perdidamente apaixonada por Aspen, um rapaz pobre da Casta 6. A única coisa que ela deseja é ficar com seu amado, contudo, num golpe do destino, America acaba entre as 35 candidatas a princesa de Illéa. E adivinhe só… Ela é a única moça no Palácio que não está se esforçando para impressionar o príncipe Maxon, mas é justamente a primeira a enfeitiçá-lo.

Maxon é mesmo um príncipe encantado »♥«, muito cortês, polido e galanteador. Me lembro que torcia por ele e que morria aos poucos com as constantes rejeições da América.

Li “A Seleção” em menos de 24 horas. A Leitura fluí que é uma maravilha, daquelas que quando você vê, o livro acabou.

Sofri muito quando terminei o primeiro volume, pois o segundo ainda não estava disponível. Tive que esperar um pouco até A Elite chegar nas livrarias.

A continuação da série traz as seis candidatas (A Elite) que continuam no Castelo disputando o coração do príncipe.

É natural gostarmos mais do primeiro livro de uma série, mas no caso de “A Seleção”, gostei mais do segundo. Assim como o anterior, li a história em menos de 24 horas e o que mais prendeu foi a avalanche de emoções que a trama me proporcionou. Preciso confessar que minhas expectativas eram altas para a continuação, mas Kiera Cass (autora) superou e muito o que eu aguardava.

O primeiro livro nos introduz no Palácio, nos aproxima da família real e conhecemos o príncipe e toda sua fofura (ownt *-*). O segundo é mais profundo, nos deparamos com os problemas na sociedade de Illéa, com a indecisão da América entre ficar com o príncipe ou escolher Aspen e com a acirrada disputa com as outras candidatas à princesa, que estão empenhadíssimas a conquistar Maxon.

A autora fez um excelente trabalho quando caracterizou a vilã, Celeste. Eu a odiei com todas as forças que havia em mim. Rá! E diferente de outras leitoras, eu também fiquei balançada entre Maxon e Aspen. Achei o triângulo amoroso bem pertinente.

Imagine ter seu primeiro amor rondando, num momento difícil, te levando para os cantos, com aquela pegada (se é que você me entende) e com uniforme de guarda…/ui. E ao mesmo tempo ver um príncipe que te idolatrava, todo confuso, se rendendo aos encantos das outras garotas. Afff… Pois é, America estava perdendo o posto de predileta. Morri e nasci várias vezes no decorrer da leitura.

E mais uma vez tive que esperar até o terceiro volume A Escolha. E como toda espera, foi angustiante. /sosad

Bem, como o próprio nome já diz, nesse livro o príncipe escolheria sua princesa e o fez, depois de muito perrengue.

Para ser bastante sincera, esse livro me aborreceu um bocado. Sei que outros leitores também esperavam mais dele.

A verdade é que a Kiera deixou muitas pontas soltas para amarrar com “A Escolha”, e muitos nós ficaram frouxos (ou não existiram). Confesso que havia muito campo para ser explorado dentro do universo que ela criou, e o fato de não ter feito isso soou como preguiça. A impressão que eu tive é que a autora quis se livrar logo da história e correu pra dar fim na trama.

A melhor coisa nesse livro foi a virada que a vilã Celeste (excelente personagem, repito) deu. Só uma autora muito competente para fazer algo assim.

Realmente, não fiquei satisfeita com o final de “A Seleção”, o que não significa que o livro tenha sido de todo ruim, apenas não satisfez minhas expectativas, que estavam para lá de altas.

Em resumo, incentivo qualquer um a ler e tirar suas próprias conclusões. Não me arrependo pelo tempo empregado na leitura. Viajei num conto de fadas moderno, numa história gostosa com realeza, príncipe, a descoberta do amor… É certo que vou reler “A Seleção” em algum momento. Tenho para mim que toda a adolescente devia ler essa série de livros, que é apaixonante.

Nem preciso falar que as capas são lindas, glamourosas, porque todo mundo sabe disso. É de encher os olhos. Aqueles vestidos, a mocinha ruiva, o título em relevo, a coroa que é o logotipo da série (e adorna o início de cada capítulo), tudo no maior capricho. Destaque para aquela capa NOTÁVEL de “A Escolha”. Não sei a fonte que foi usada no texto, mas é muito agradável de ler e contribuiu para uma estética charmosa. A editora Seguinte não poupou esforço para que os livros ficassem perfeitos e atingiu o objetivo com louvor. O marca páginas que vem acoplado à aba para recortar é um mimo a parte. Achei a ideia tão genial que acho que todas as editoras deveriam aderir à ideia. Inclusive, um dos meus desejos é adquirir a série em capa dura. Combina bem com o estilo nobre de A Seleção.

Essa é a trilogia principal, mas a série não acaba por aí.

Ordem de leitura sugerida: Vol. 1: A Seleção Vol. 2: A Elite Vol. 3: A escolha Extra: Felizes para sempre Vol. 4: A herdeira Vol. 5: A coroa