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[Resenha] A Herdeira - Kiera Cass

  • Luana Alves
  • 12 de mar. de 2017
  • 4 min de leitura

Hey! Tudo ok?

Hoje eu vou engolir tudo o que já disse de ruim sobre A Herdeira, o 4º livro da série A Seleção. Se eu fosse você não perderia a chance de me ver reconhecendo um erro, esse é um daqueles momentos raros haha.

“Mas, Lu, o que é A Seleção?”

Se você esteve em um retiro espiritual no Camboja pelos últimos 5 anos e nunca ouviu falar sobre A Seleção ou se ouviu por alto, mas não prestou a devida atenção; temos um resumão imperdível sobre a série AQUI.

TÍTULO: A Herdeira

AUTORA: Kiera Cass

PÁGINAS: 391

EDITORA: Seguinte

GÊNERO: Romance, Ficção, Distopia

Há vinte anos, America Singer participou da Seleção. Escolhida pelo príncipe Maxon, se tornou rainha e ajudou o marido a realizar grandes coisas por Illéa, como dissolver o sistema de castas. Todos seriam iguais e teriam mais oportunidades, pelo menos em teoria. A realidade é que o povo de Illéa continua revoltado porque alguns ainda se apegam ao antigo ideal separatista, tratando as gerações seguintes como se ainda pertencessem à castas baixas. Incêndios, mortes e protestos acontecem no país todo. O rei Maxon precisa encontrar uma maneira de distrair o povo até que encontre uma solução para o problema. Eadlyn, a futura rainha, filha mais velha de Maxon e America, se vê diante da difícil tarefa de ajudar os pais e o país. Participar de uma Seleção, escolher entre 35 rapazes e encontrar seu futuro marido e amor, traria um período de paz para Illéa. Mas as coisas não serão tão simples, tratando-se da orgulhosa Eadlyn Schreave.


OPINIÃO DO USO: Tentei ler A Herdeira um ano atrás, mais ou menos. Eadlyn me irritou tanto nas primeiras páginas que não avancei nem até o início da Seleção. E saí falando mal dela aos 4 ventos. Como o livro estava na minha prateleira e eu estava querendo uma leitura leve e descompromissada, decidi dar uma outra chance ao livro. Peguei, bem descrente, achando que leria só algumas páginas. Virei a noite lendo. Haha Toooma, Luana.

A grande verdade é que eu estava com saudade de Illéa, da escrita da Kiera e de 35 plebeus disputando o coração de um monarca! Poder reencontrar com personagens que eu amo tanto, Maxon, America, Marlee etc, e viver dentro do palácio por algumas páginas, depois de quase 3 anos desde a leitura de A Escolha, foi uma delícia.


“Olhei para o espelho e disse para o meu reflexo:

– Você é Eadlyn Schreave. Será a próxima pessoa a governar este país e a primeira garota a fazer isso sozinha. Nenhuma pessoa – prossegui – é tão poderosa quanto você.”


Eadlyn não mudou de um ano para cá, mas talvez eu tenha mudado. Ela continua extremamente esnobe, orgulhosa, prepotente, arrogante e acrescente à lista qualquer adjetivo ruim que você conheça. Dessa vez, porém, vi mais verdade na personagem que cresceu sabendo que teria que levar um país nas costas, que teria que se fazer respeitada em uma nação que nunca tinha tido uma mulher no poder. É muita pressão. Alie a isso o fato de que ela é uma princesa, está separada do resto do mundo por muros altos e uma tiara. O poder revela o que as pessoas têm de pior e não seria diferente com uma adolescente mimada e tratada como especial. Ela é chata? Sim, ela é. Mas se pararmos pra pensar, faz muito mais sentido ela ser um cocô do que ser um docinho de coco.

É interessante poder ver a Seleção de outra perspectiva. Nos primeiros livros da série acompanhamos o dia a dia de uma concorrente. Qual era a rotina do príncipe, como ele se sentia diante da tarefa de ter que encontrar alguém entre as 35 garotas selecionadas, não sabíamos. Agora nós estamos do outro lado, diante do terror de Eadlyn de lidar com 35 desconhecidos, de ter que arrumar tempo para ficar um pouco com cada um deles, manter a rotina de trabalho de uma futura rainha e ainda conseguir manter sua armadura contra romances intacta.

Quanto aos participantes da Seleção, temos a chance de conhecer poucos garotos, porque Eadlyn simplesmente não tá a fim de ficar de conversinha. No entanto, deu pra se apegar a alguns garotos, conhecer a qualidade deles e tal. Tenho o pressentimento de que sei qual será a escolha de Eadlyn. Pessoalmente, porém, eu preferiria outro.

O final foi muito bom. Algumas decisões que Eadlyn postergou durante muito tempo foram tomadas e entendemos claramente os motivos que a levaram a isso. Cheguei a ficar com dó dela. Você pode até ser um demônio, mas ter isso esfregado na sua cara e perceber que você será a responsável pela morte de todos que ama e da revolta de toda uma nação não deve ser nada fácil.


A edição da Seguinte mantém todo o glamour das anteriores. Capa linda, diagramação impecável, pouquíssimos erros de ortografia e aquele marca páginas divo que você respeita anexado à aba. Nem precisei recortar o meu ainda porque li de uma vez, nem precisei marcar para retomar a leitura depois, rs.

Cuspe caiu na minha cara bonito, minha gente haha. Foi uma leitura agradável, rápida e divertida. E vamos ver o que A Coroa nos reserva. Imagino que será uma Eadlyn mais mansa, humilde e aberta. Será? Será que meu palpite sobre o escolhido também está correto? Aguarde e verás.


(o ^ ^ o)

 
 
 

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