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[Resenha] A Coroa - Kiera Cass

  • Luana Alves
  • 24 de mar. de 2017
  • 4 min de leitura

Hey, mais bonitos!


Espero que ainda não tenham se cansado do universo de reis e princesas que está pairando sobre o USO esses dias. De vez em quando, se desconectar desse mundo louco em que vivemos e mergulhar em um mundo onde contos de fadas são reais faz um bem danado pra sanidade.

A resenha de hoje é sobre o último livro da série A Seleção (e não sei se choro ou se me alegro com isso).

Quê? Não sabe o que é A Seleção? Clica AQUI rapidinho antes que descubram.

E a resenha de A Herdeira, o primeiro livro sobre Sua Alteza Eadlyn, está AQUI.

Pode haver spoilers dos primeiros livros (que não é bem spoiler já que estão circulando por aí desde 2012, mas...), aprecie com moderação caso não conheça os livros anteriores.

TÍTULO: A Coroa

AUTORA: Kiera Cass

EDITORA: Seguinte

ANO: 2016

PÁGINAS: 309

GÊNERO: Distopia/ Romance/ Literatura Estrangeira

O mundo seguro a que Eadlyn Schreave pertencia não existe mais. O país está descontente com a Monarquia e, principalmente, com ela. Seu pai está sempre exausto e sua mãe entre a vida e a morte na ala hospitalar. Vários garotos estão hospedados no palácio, ansiosos por conquistar a mão da princesa e se tornarem o príncipe de Illéa. Eadlyn já se deu conta de que, apesar de suas tentativas contrárias, nutriu algum carinho pelos rapazes. Obrigada pelas circunstâncias a amadurecer, Eadlyn vê diante de si um caminho para concertar tudo o que está fora do lugar. Um casamento e o trono é o que ela pretende alcançar.

OPINIÃO DO USO: Encontramos uma Eadlyn mais dócil em A Coroa. A famosa frase citada por ela a cada 5 páginas em A Herdeira, “Eu sou Eadlyn Schreave e não existe ninguém mais poderosa do que eu”, surge em raríssimos momentos, e em alguns a frase carrega uma ironia amarga nas entrelinhas.

A doença da mãe, a estafa do pai, a fuga do irmão e a descoberta de que o povo simplesmente a detestava teve esse efeito na princesa; ela reconheceu que estivera errada, que a postura arrogante com a qual ela se defendia, na verdade, se voltou contra ela. E acompanhamos um período em que Eadlyn reflete sobre quem é e quem ela quer ser. É bonito ver o esforço dela para conseguir se aproximar do ideal que traçou para si.

Um pequeno turbilhão de coisas acontece para a protagonista dentro das 309 páginas de A Coroa. Com a ausência de Maxon, Eadlyn se torna regente. Agora é ela quem está no poder. E como as circunstâncias mudaram drasticamente, a Seleção é reduzida à Elite antes do previsto.

Alguns rapazes que permaneceram na competição acabam mudando seu comportamento para pior. Parece que eles não estão mais tão interessados assim. É pequena Eadlyn, quem é a mais poderosa mesmo?

Aliados se tornam uma ameaça ao reinado de Eadlyn, ministros são demitidos e a jovem “rainha” não sabe mais em quem pode confiar.

Com essa agitação política em Illéa, sobra tempo pra romance? Pois é, é aí que A Coroa ficou devendo. Ela tem alguma interação com o garotos, mas bem vagas. E o romance que ela constrói ao longo do livro me pareceu forçado demais. Cada contato, cada interação, cada encontro com os meninos são descritos nos livros e, pelo que foi descrito, não vi uma base para que as coisas se desenrolassem da forma que Kiera fez. Poderia ter sido genial o desfecho se Kiera não tivesse se apressado (de novo) em colocar um ponto final na história.


– Talvez os beijos especiais não sejam os primeiros. Talvez sejam os últimos.


Claro que como filha da America, Eadlyn fica dividida e até momentos antes do anúncio, de quem seria o príncipe regente de Illéa, a gente ainda não tem certeza sobre quem escolher.

Disse na última resenha que eu tinha minhas desconfianças, né? Errei. E amei estar errada. Não foi o caminho mais óbvio, mas sem dúvida, foi (ou teria sido, se melhor trabalhado) lindo.


“Nada te deixa mais consciente da presença de uma pessoa do que a falta dela.”


A ausência dos pais da Eadlyn me incomodou. Claro que a protagonista agora é ela, mas como ela não conseguiu me conquistar completamente, nem ao encontrar a humildade perdida, precisava mais da aparição de Maxon e America para me apegar a história. Terminar a série considerando o Maxon mais fraco do que meu coração idealizou para ele também me fez sofrer um pouquinho.


– Você vai ser maravilhosa.

Dei de ombros.

– Não sou você. E com certeza não sou a mamãe. Mas sou capaz. Tenho ajuda, e ainda terei vocês dois. E com todas essas pessoas ao meu lado, provavelmente serei uma rainha mediana.


Sobre a edição da Seguinte, essa é a capa da série que menos me agradou. A Eadlyn está vestida de cupcake. Muito glacê rosa pro meu gosto. Mas a diagramação está impecável como sempre. A aba acompanha um marcador (ideia genial, repito) e tirando algumas rebarbas vindas da gráfica está tudo perfeito.

RESUMINDO: Voltar para Illéa, para o palácio e para uma seleção foi gostoso. Mas, nem se compara ao que Kiera criou na trilogia original. Uma continuação sofrível, uma protagonista difícil de se amar, um romance sem profundidade e que não me convenceu e o desejo de fechar o livro e partir pra outra história.

Se você deve ler? Eadlyn Schreave é para quem tem estômago, viu? Se você for encarar a leitura, me conte o que achou.


(¬_¬;)


 
 
 

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