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[Resenha] A Caminho do Altar - Julia Quinn

  • Luana Alves
  • 16 de mai. de 2017
  • 3 min de leitura

Hey!

Por mais que adiei, protelei e deixei para depois, os Bridgertons estão acabando (pausa para lágrimas e soluços). Acabei o 8º livro da série, A Caminho do Altar, que conta a história de Gregory. Agora ele está com 26 anos e procurando seu lugar no mundo.

TÍTULO: A Caminho do Altar – Os Bridgertons 8

AUTORA: Julia Quinn

EDITORA: Arqueiro

PÁGINAS: 317

GÊNERO: Romance de época

Gregory Bridgerton acredita no amor. Como seria diferente? Seus 7 irmãos casaram apaixonados e parecem muito felizes em seus casamentos duradouros. O 7º filho de Violet e Edmund, acredita ser só uma questão de tempo para encontrar a pessoa certa e ter o seu final feliz.


“ – Isso significava apenas que ele não tinha escolha além de acreditar no óbvio: O amor existia.

Não era um fruto insignificante da imaginação, inventado para que os poetas não morressem de fome. Podia não ser algo visível, palpável ou perceptível pelo cheiro, mas existia, e era apenas uma questão de tempo até ele também encontrar a mulher de seus sonhos e se casar, procriar e se dedicar a passatempos desconcertantes, como fazer esculturas de papel machê e colecionar raladores de noz-moscada.”


Quando Gregory vê a Srta. Hermione pela primeira vez, é arrebatado por uma paixão avassaladora à primeira vista. E ele tem certeza: É ela.

Gregory não esperava, porém, que aquele sentimento não seria correspondido. Hermione é apaixonada pelo Sr. Edmonds. A Srta. Lucy, melhor amiga de Hermione, decide ajudar o Sr. Bridgerton a conquistá-la, pois acredita que ele é um melhor partido para a amiga.

Lucy demora um tempo para se dar conta de que ela mesma, porém, havia adquirido um afeto impróprio por Gregory, já que ela estava prometida em casamento ao Sr. Haselby.


“– E acho que... com o tempo... talvez ela perceba...

– Perceba o quê? – pressionou Gregory.

Lucy levantou os olhos, como se arrancada de um sonho.

– Bem, que o senhor... que o senhor... é muito melhor do que os outros. Não sei por que ela não consegue ver. É bastante óbvio para mim.”


Será que o nosso mocinho conseguirá se dar conta de aquele arrebatamento inicial que sentiu por Hermione não era amor?

Como Lucy, comprometida com outro homem, lidará com seus sentimentos por Gregory?

Olha, dona Julia Quinn caprichou nos obstáculos para o protagonista dessa vez. Nenhum outro Bridgerton penou tanto quanto Gregory. Paixão não correspondida, coração partido, conhecer melhor a si mesmo, entender melhor o que é o amor, aprender a lutar (e lutar mesmo, de verdade) pelo que se quer. Eita, me dá cansaço só de lembrar o que nosso Bridgerton teve que passar.

Quando você acha que as coisas estão se acertando, lá vem uma enxurrada de novas descobertas que resultam em mais infortúnio. Juro que eu estava chocada. Será que o 8º livro da série não teria um final feliz?


“–Eu te amo – sussurrou ele, deixando um rastro de palavras ao longo do pescoço dela até a clavícula. –Eu te amo. Eu te amo.

Eram as palavras mais dolorosas, magníficas, terríveis e maravilhosas que ele poderia ter dito. Ela queria chorar... de felicidade e de tristeza.

Prazer e dor.”


Como sempre, Julia consegue nos divertir e entreter. Foi tão difícil largar A Caminho do Altar depois de ler aquele Prólogo (que Prólogo, minha gente). Ela criou ótimos personagens. Lucy é incrível, quero ser amiga dela! E o Gregory é radiante. Claro que há confusão demais e as páginas finais acabam contendo muita informação. Mas, no geral, a leitura foi deliciosa. Ver Lucy se dando conta que estava errada sobre si mesma, a luta interna dela para fazer o que era correto, seu altruísmo, foi lindo. Ver Gregory lutando para ter sua própria história e não ficar à sombra dos irmãos, descobrindo o que de fato é o amor e até onde ele estava disposto a lutar pra ter seu final feliz também foi memorável.

Continuo salientando como ponto forte da escrita da Julia os diálogos inteligentes construídos entre as personagens. Amo as respostas ácidas e irônicas, cheias de humor e personalidade.

A edição da Arqueiro segue o mesmo padrão (lindo!) de diagramação dos livros anteriores. O papel é amarelado e fosco, confortável para visão e a fonte também é de um tamanho agradável. Não encontrei erros de revisão e amei (forte!) a capa.

Pois é, agora só me resta o livro 9: ‘E viveram felizes para sempre’, que contém 8 epílogos extras sobre os membros dessa família que aprendi a amar e um destaque maior para Violet, essa mãezona cheia de sabedoria e astúcia que aprendi a respeitar.


Ainda não leu nenhum livro dessa série? Ouça a voz da sabedoria (ou a minha voz, dá quase no mesmo): Se você gosta de romances históricos, comece agora mesmo!


Conheça os outros livros da Série:


 
 
 

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