[Resenha] A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista - Jennifer E. Smith
- Claudia Del Santo
- 26 de mai. de 2017
- 3 min de leitura

Título: A Probabilidade Estatística do Amor à Primeira Vista.
Autora: Jennifer E. Smith
Editora: Galera Record
Páginas: 223
Gênero: Romance, Literatura Estrangeira, Literatura Juvenil.
Ano de lançamento: 2013

Porque não é só de leituras densas e cheias de significados ocultos que se vive um leitor… Também há espaço em nossos corações para livros fofos, com um romance despretensioso, cheios de citações lindinhas e com um quê de filme de Sessão da Tarde.
“O amor é a coisa mais estranha e sem lógica do mundo”.
A Probabilidade Estatística do Amor a Primeira Vista (melhor título) conta a história de Hadley, uma garota de 17 anos que, por míseros quatro minutos, perde seu voo para Londres. Não que ela estivesse superanimada para a tal viagem, muito pelo contrário…
Ainda no aeroporto, à espera do próximo voo, ela conhece Oliver, um estudante de Yale, charmoso, bonito, inteligente, espirituoso e britânico. A compatibilidade entre eles é tangível e imediata.
“Será que é possível de repente, descobrir o tipo de que você gosta, mesmo quando se acha que nem tem um tipo?”

Eles ficam bem animados quando conseguem se sentar lado a lado no avião. Assim, a viagem segue com diálogos joviais, agradáveis e com uma naturalidade tão genuína que não tive como não sorrir feito boba enquanto lia.
A cumplicidade dos jovens é tanta que Hadley abre seu coração para o rapaz desconhecido, fala sobre sua claustrofobia e sobre o péssimo relacionamento que tem com o pai. Oliver é bem compreensivo, porém, mais reservado. É nítido que ele também tem algum tipo de problema pessoal, que fica subentendido.
O livro é narrado em terceira pessoa, embora o enfoque seja nos sentimentos e percepções de Hadley.
A autora usa flashbacks como estratégia para que o leitor entenda a mágoa da garota em relação ao pai e consegue fazer com que nos solidarizemos com a personagem. Eu senti toda a dor de Hadley e fiquei com um nó na garganta o livro inteiro.
Gostei muito da maneira como a autora conduziu a trama, sem atropelos, sem exagerar no drama, sem forçar o romance. (E isso foi um feito e tanto, visto que a história se passa em apenas 24 horas). Além disso, a narração permanece cativante do início ao fim, tornando impossível largar o livro.
Não tem como negar que houve um interesse instantâneo quando Oliver e Hadley se viram pela primeira vez, mas esse sentimento aflorou com as confissões que trocaram, com as gentilezas, com os toques fortuitos e com o ensinamento que um passou para o outro de maneira extremamente sutil.

“É de muita utilidade neste mundo, aquele que torna mais leves os sofrimentos do outro.”
Esse é um livro sobre perdão, amadurecimento, sobre o real significado de família, sobre segundas chances, mas, sobretudo, sobre a relatividade do tempo. Às vezes quatro minutinhos é o suficiente para causar um transtorno, todavia, é o bastante para mudar uma história. Sete horas num voo pode ser entediante, ou até desesperador, especialmente para quem sofre de claustrofobia, mas, de repente, a companhia é tão boa que o voo parece ter minutos. E o tempo também é o único capaz de cicatrizar certas feridas… Nos faz pensar até sobre não se ter mais tempo nenhum.
Recomendaria essa leitura para qualquer pessoa. É uma história muito doce, muito gostosa de ler. É claro que tem aquela pitada de clichê e uma dose de previsibilidade, mas isso não tira o brilho do enredo.
A capa é super fofinea. Transmite bem a ideia do livro. Por conter poucas páginas e uma trama simples, não vai demandar muito tempo e nem muita concentração do leitor.

Foi uma leitura leve e contagiante. Me conquistou.
Eu soube, inclusive, que essa trama está em vias de virar filme. Vai ser a coisinha mais linda desse mundo, neh? Os atores já foram até confirmados. Aguardemos.
Será que existe alguma probabilidade estatística de você gostar desse livro também? Espero que sim, pois a história entrega o que promete: um romance leve, bem dosado no drama, algumas horas de bom entretenimento e um final que vai te deixar com um sorrisinho no rosto.
Beijo com sabor de primeiro amor.
Câmbio, desligo.
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