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[Filme] Tudo e Todas as Coisas

  • Luana Alves
  • 26 de jun. de 2017
  • 3 min de leitura

Hey!


Já declarei meu amor por Tudo e Todas as Coisas em todas as redes sociais e aqui no USO. Foi uma das melhores leituras que fiz (quiçá a melhor) em 2016; a resenha do livro você encontra AQUI. Nem preciso dizer que fiquei eufórica ao saber que o livro seria adaptado, que enlouqueci ao assistir ao trailer e que fui correndo no Spotify para ouvir a trilha sonora da adaptação.

Assim que pude, mais precisamente na sexta, 23/06, fui ao cinema para conferir a história de Maddy em um outro formato. Vem comigo que conto qual foi a sensação de ver o que eu li.

TÍTULO: Tudo e Todas as Coisas

DIRETOR: Stella Meghie

ESTÚDIO: Warner Bros

LANÇAMENTO: 15/06/2017

DURAÇÃO: 1h36

CLASSIFICAÇÃO ETÁRIA: 12 anos

GÊNERO: Romance, Drama.

Tudo e Todas as Coisas nos conta a história de Madeline Whittier, uma garota de 18 anos que sofre de Imunodeficiência Combinada Grave, um tipo raro de alergia, onde o portador pode sofrer uma reação alérgica à basicamente qualquer coisa e morrer. Devido a isso, Madeline vive em uma bolha (na verdade seu quarto branco), e nunca pôde frequentar a escola ou sair na rua. Embora isso pareça desesperador para qualquer pessoa, em especial aos jovens cheios de energia, Madeline suporta bem sua condição. Tem uma relação super achegada com a mãe e com sua enfermeira, Carla. E ocupa seu tempo vivendo por meio das histórias dos livros.

Bastante conformada com sua vida, Madeline vai sobrevivendo um dia após o outro tentando não pensar no que lhe faz falta e nem no que ela não pode ter ou fazer. Até que um dia uma família se muda para a casa ao lado e ela vê Olly pela primeira vez.

Maddy, uma jovem com IDCG, agora quer algo que ela não pode ter.

Quando fiquei sabendo sobre a adaptação do filme, duas coisas vieram imediatamente à minha cabeça.

1. Como será a atriz que interpretará a Maddy? Isso porque ela é filha de uma negra com um oriental o que deu à Madeline do livro características bastante peculiares. A Maddy do filme, interpretada pela Amandla Stenberg, não era bem o que eu esperava, mas foi um acerto! Além de ser linda, a atriz não está dentro dos padrões hollywoodianos para protagonistas. Negra, sem alisamento no cabelo, não é magrinha... O que faz super sentido se pensarmos no contexto de vida de uma jovem que não sai de casa NUNCA. Como ela seria contaminada pelo bichinho do “preciso ter cabelo liso e barriga negativa”? Pelo isolamento em que vive, Maddy aprendeu a ser ela sem nenhuma interferência do que o mundo dita que é certo e bonito. E ela consegue ser mais certa e mais bonita do que muitas pessoas por aí.

2. Como os produtores darão um jeito nas conversas de Olly e Maddy, que em sua esmagadora maioria se dá por meio de mensagens? Não vai ficar maçante assistir uma garota com celular na mão o filme inteiro? E é aí que a genialidade aparece. Eles usaram a imaginação da Maddy, tão bem treinada, para fazer com que as telas sumissem. Quando ela conversa com o Olly, seja por e-mail ou por Whats, é como se ele estivesse ali, diante dela. Legal, né?


E quanto ao Olly (visualize meus olhos brilhando e coraçõezinhos subindo), é ele. É o Olly do livro: engraçado, com aquela personalidade levemente petulante, com aquele charme de matar e lindo. Vi o Olly materializado no Nick Robinson e me apaixonei junto com a Maddy (de novo).

A paleta de cores do filme lembra a capa do livro. O Azul e o azul esverdeado, entre outros tons pastéis, assumem todas as tomadas. O grande diferencial é o preto do Olly. E ele e o preto representam bem esse ponto de mudança na vida e na rotina sem vida da Maddy.

O filme está fiel, mas não está idêntico ao livro. A película ficou um tanto corrida, o romance é mais apressado. A cena em que Maddy é levada às pressas para o hospital é menos desesperadora no filme (e eu achando que meu coração iria parar junto com o dela (de novo). E não há tantas referências ao Pequeno Príncipe. Apesar disso, o filme está bem gostosinho. É leve e doce. O encantamento da Maddy pelo primeiro amor, pelo mar, pelas árvores etc. é verossímil e tocante.

Uma pena que não tenha havido tanta publicidade em cima de Tudo e Todas as Coisas. Orçamento apertado ou falta de nomes conhecidos estampados no pôster? Não sei. Aqui em Ribeirão, os cinemas se limitaram a exibir somente uma sessão, em dois shoppings sendo matinê, e só legendado. Imagino que em cidades menores nem vão exibir o filme. Uma pena. Se você tiver a oportunidade, vai ao cinema relembrar aquela coragem absurda que adquirimos só quando estamos apaixonados e para agradecer a liberdade de que dispõe.


 
 
 

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