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[Resenha] Clube dos Herdeiros: Como nossos pais - Fabiana Madruga

  • Luana Alves
  • 27 de jun. de 2017
  • 2 min de leitura

Hey!


Comecei a leitura de Clube dos Herdeiros bem despretensiosamente. O que foi ótimo, já que dei a ele a chance de me surpreender com uma leitura fluída ao mesmo tempo que passeei pelos destinos mais badalados do Rio de Janeiro.


Clube dos Herdeiros: Como Nossos Pais é o primeiro romance de Fabiana Madruga, publicado pela Editora Draco em 2015.

A narrativa é em 3ª pessoa, e o narrador é onisciente seletivo, que ao mesmo tempo em que nos conta a história dá seus palpites sobre o comportamento das personagens. Esse foi o grande diferencial do livro, já que senti que era um grande amigo que estava me contando o babado.

Com capítulos curtos e de leitura rápida, somos apresentados à Helena e Manuela, jovens, lindas, ricas, cobiçadas e melhores amigas. Helena está em um relacionamento sério desde os 16 anos. Embora se esforce para manter a pose de patricinha fútil, com o decorrer dos capítulos percebemos que há mais profundidade em seu interior do que ela gostaria de admitir. E acompanhamos todo o processo que fez Manuela se apaixonar por Pedro, um carinha pobre, mas bem nobre.

Festas, carros luxuosos e marcas famosas são coisas corriqueiras na realidade desses jovens burgueses. O choque entre classes sociais diferentes é abordado, assim como o preconceito. Percebemos também como o amor pode se manifestar de formas diferentes e surpreendentes. E como somos falíveis e passíveis ao erro. O grande eixo do livro, porém, é a amizade.

Fiquei feliz com a evolução de Helena durante a narrativa e me alegrei também ao ver uma Manuela tão humana, tão normal. Embora a riqueza apresentada seja utópica para a maioria de nós, não parece um conto de fadas. Os conflitos, desavenças, rixas e elos apresentados são comuns a todos.

As 144 páginas abordam cerca de um ano. Então, a narrativa é um tanto corrida, a autora não se demora demais nas consequências das ações e nem se prolonga em descrever os sentimentos das personagens. Fica tudo meio subentendido, o que faz perder um pouco a leveza, mas dá agilidade na leitura.

Shippei o casal certo (yeah!). Só senti falta de um epílogo.

A revisão está ótima, a diagramação está incrível e a epígrafe (um trecho de uma música que conversa com o capítulo [e as músicas escolhidas são incríveis, a propósito]) no início de cada um dos capítulos deu um charme a mais para a edição.

Leitura recomendada para sair daquela ressaca de um livro mais denso ou só para sentir aquela sensação de fazer parte da jovem burguesia carioca, mesmo que só por algumas horas.

 
 
 

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