[Filme] Homem-Aranha: De Volta ao Lar

Luana Alves
8 de jul. de 2017
3 min de leitura

Hey!

Preciso dizer que eu GOSTO (e não pouco) do Andrew Garfield como Homem-Aranha. Se você achar que isso me desabona como fã dos filmes do cabeça de teia eu até te entendo (embora discorde). Ainda assim, eu precisava deixar claro que minha opinião pode ir na contra mão dos críticos.

TÍTULO: Homem-Aranha: De volta ao lar

DIRETOR: Jon Watts

LANÇAMENTO: 06 de julho de 2017

ESTÚDIO: Disney, Marvel e Sony

DURAÇÃO: 2h 13m

CLASSIFICAÇÃO: 12 anos

GÊNERO: Aventura; Ação

Depois de lutar no Team Stark contra o Team Cap, Peter Parker está se empenhando muito para impressionar e merecer um lugar junto aos Vingadores. Esquecido por Tony Stark, Peter resolve pequenos crimes depois das aulas, ficando conhecido como Amigo da Vizinhança. Dar informações para senhoras perdidas e impedir pequenos furtos, porém, não tem lhe dado notoriedade. Meio por acaso, Peter acaba presenciando um comércio de armas diferenciadas, que misturam tecnologia humana com sucata extraterrestre, deixada em Nova York após a batalha que presenciamos no primeiro filme dos Vingadores.

Enquanto Peter se esforça para dar conta da escola e chamar a atenção da garota mais bonita do colégio, o Homem-Aranha decide que acabar com a quadrilha que comercializa essas armas fará com que ele seja reconhecido de uma vez por todas como um herói de verdade.

A trama de Homem-Aranha: De volta ao lar está toda amarradinha e você percebe que ela está inserida em algo maior, no universo da Marvel e dos Vingadores. Tanto é assim que o Homem de Ferro não é único Vingador a fazer uma ponta (e o outro participante está ótimo, aliás).

Tom Holland dá vida a um autêntico Peter Parker retirado dos quadrinhos. O Peter mais adolescente, nerd e divertido que já vimos nos cinemas. O traje desse Spider se destaca em muito dos anteriores. Projetado pelas indústrias Stark, o Homem-Aranha não tem só um collant de lycra. Completamente tecnológico, o uniforme é quase um personagem à parte.

A trilha sonora está ótima e já me tirou um sorrisinho na primeira música.

Contudo, o filme deixou a desejar em dois aspectos.

1. O vilão. Considero-os tão importantes quanto os heróis. O que seria do Batman sem o Coringa ou do Superman sem o Lex? (Misturei com a DC? Aham e nem ligo). Sem um bom vilão, o herói não mostra toda sua capacidade, força e honradez. O Abutre, um dos mais antigos inimigos do Aranha nos quadrinhos, não tem vileza o suficiente no filme. Ele não pretende dominar o mundo, exterminar a raça humana, não tem um rancor que veio crescendo contra o herói. Ele vende armas para ganhar um dinheirinho. Claro, é um crime e ele precisa ser detido. Mas ele não tem um traje muito louco com umas asas da hora que tornaria mais difícil o trabalho para simples policiais? Pode ser. Ainda assim ele não me pareceu maléfico, maligno, nefasto, perigoso ou fatal.

2. Toda história em 2h 13m. Nas produções anteriores acompanhamos o surgimento dos poderes do Peter, ele aprendendo a lidar com eles, a morte do tio Ben, a culpa que o Peter sente, todo o amor enrustido pela mocinha, um romance, o despertar do vilão, o Aranha resolvendo pequenos crimes e a luta principal. Olha quanta coisa! Não que eu quisesse ver o tio Ben morrendo de novo, já chorei demais por ele. Em De Volta ao Lar, encontramos um Peter que já avançou boa parte desse caminho, então eu fiquei imaginando que surpresas teríamos com uma produção bem livre e com tempo para explorar o confronto entre o vilão e o herói ou mais tempo para um romance elaborado ou mais reflexões profundas sobre seu papel como salvador e tals. Não vemos nada disso. Caberia mais história no filme.

Tirando esses detalhes (não irrelevantes para mim), temos um filme superdivertido, algumas cenas de ação de tirar o folêgo, uma trilha sonora bem legal e um herói em busca de amadurecimento e reconhecimento.

Obs: O toque do Tony no filme é responsável por boa parte das sacadas geniais. O nome dos subsistemas ou protocolos do traje, por exemplo, são sensacionais!