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[Resenha] A Guerra que Salvou a Minha Vida - Kimberly B. Bradley

  • Luana Alves
  • 20 de jul. de 2017
  • 3 min de leitura

Hey!


“No fim das contas, foi a combinação das duas guerras – o fim da minha guerra contra o Jamie e o início da grande guerra, a do Hitler – que me libertou.”

Gosto muito dos livros com a temática das grandes guerras. Além de informações sobre esses períodos obscuros da humanidade, encontramos personagens notáveis, com garra, coragem e honra. Verdadeiros sobreviventes (ou não).

Só por este motivo eu já teria comprado o livro A Guerra que Salvou a Minha Vida. Um tema que eu gosto, a edição impecável da DarkSide e as diversas resenhas positivas sobre a obra me fizeram passa-lo na frente de outras leituras e hoje trago minha opinião sobre o mais novo queridinho dos DarkLovers.

Ada tem dez anos, mas não que ela saiba disso. Nascida com o pé torto, ela sempre foi uma fonte de vergonha para a mãe, que a mantém presa no pequeno apartamento da família. Tudo o que Ada conhece do mundo é o que consegue enxergar da janela da sala.


““Você não passa de uma desgraça!”, ela gritava. “Um monstro, com esse pé horrível! Acha que eu quero o mundo todo vendo a minha vergonha?” Ameaçou tapar minha janela com uma tábua se eu voltasse a descer. Era sempre a mesma ameaça.”


Com a possibilidade de bombardeios eminentes, as crianças de Londres estavam sendo enviadas para o interior. Lá, elas seriam abrigadas por famílias locais até que fosse seguro voltar para a cidade.


“Claro que não. Estão mandando as crianças pra morar com gente boa. Quem é que ia querer você? Eu respondo: ninguém. Gente boa não quer ficar olhando esse pé.”


De forma muito corajosa, Ada foge junto com o irmão mais novo e toma o trem que levará as crianças para o interior. Embora a viagem tenha sido um suplício para Ada, a mulher que os recebeu (contra a vontade, inicialmente), foi uma verdadeira benção.

Me encantei pela Ada e em menos de dez páginas eu já queria adotá-la. O sofrimento físico e psicológico a que ela era constantemente submetida, fez com que ela se tornasse uma garotinha desconfiada, fria e, às vezes, maldosa. Ela amava o Jamie mais que tudo na vida e mesmo assim ela se descontrolava diante das birras dele. Esse detalhe foi um grande diferencial para mim. A criação pela Mãe deixou marcar profundas em Ada e ela não sabia como ser diferente dela até conhecer a Sra. Smith. Ela não sabia amar porque nunca tinha sido amada.

De todos os livros da DarkSide que li, este foi o vencedor na categoria “leitura fluída”. Além de ter poucas páginas (só 234), ele é narrado pela própria Ada de uma forma bem simples. Rapidinho cheguei ao fim. Embora pareça se tratar de uma leitura densa, por falar de maus tratos a crianças e tal, não achei uma leitura difícil. E, surpreendentemente, não chorei. Claro que me apeguei à Ada, gostei muito da história e da narrativa, tenho um caso de amor e gratidão com a Sra. Smith difícil de explicar, odiei aquela vaca que pariu a Ada e o irmão... mas, ainda assim, não me emocionou. Logo eu, que derramo lágrimas até com comercial de televisão.


A edição da DarkSide dá um show à parte. Ma-ra-vi-lho-sa!


Acompanhar a evolução da personagem é lindo! Uma história sensível que mostra que todos nós temos nossas próprias guerras a enfrentar e que com muita coragem é possível vencê-las. A Guerra que Salvou a Minha Vida é mais do que um livro sobre a grande guerra. É um livro que aborda o poder transformador do amor.

 
 
 

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