[Resenha] A Revolução dos Bichos - George Orwell
- Luana Alves
- 28 de jul. de 2017
- 2 min de leitura
Hey!
Para variar minhas leituras cujo único objetivo é entreter, adicionei alguns escritores de maior peso intelectual à minha lista de leituras para 2017. George Orwell, um dos escritores mais influentes do século XX, é um deles. Quando tive contato com 1984, fiquei admirada com a crítica política e social contida ali e estava ávida por ler mais obras dele.
A Revolução dos Bichos estava com um preço fantástico na AmazonDay e não resisti. E que bom que optei por compra-lo.

TÍTULO: A Revolução dos Bichos
AUTOR: George Orwell
EDITORA: Companhia das Letras
PÁGINAS: 147
LANÇAMENTO DO LIVRO: 1945
GÊNERO: Ficção Inglesa

Certa noite, o porco Major reuniu todos os animais da Granja do Solar para um discurso bastante incomum. Convencido de que estavam sendo oprimidos pelos humanos, Major propõe uma Revolução; expulsar os Humanos da Granja e assumir o controle de tudo. Tudo o que os animais produzissem seria para o próprio consumo e nenhum humano lucraria com o trabalho deles.
“O Homem é a única criatura que consome sem produzir. Não dá leite, não põe ovos, é fraco
demais para puxar o arado (...). Mesmo assim, é o senhor de todos os animais.”
Quando os animais colocaram os humanos para correr, 7 mandamentos foram estabelecidos, uma bandeira foi feita e hasteada e deram ao movimento o nome de Animalismo.
Os porcos, sendo as criaturas mais inteligentes, assumiram a liderança e aos poucos os ideais de Major foram sendo esquecidos. Os mandamentos foram modificados, o hino substituído e verdadeiras atrocidades começaram a ser praticadas pelos bichos contra os bichos. E a nova máxima no Animalismo dizia:
“Todos os bichos são iguais, mas alguns bichos são mais iguais que outros.”

O teor político do livro fica bem evidente já nas primeiras páginas. Uma crítica clara ao comunismo da antiga URSS, a Revolução dos Bichos é uma fábula que expõem os horrores do totalitarismo. Ainda censurada em alguns países, a obra de Orwell explica de maneira muito simples como o poder corrompe ideais de justiça.
Embora o tipo de governo debatido no livro seja diferente do nosso, filhos do capitalismo, há muita semelhança no discurso de Major com o que prega o sonho americano:
“Basta que nos livremos do Homem para que o produto de nosso trabalho seja só nosso.
Praticamente, da noite para o dia, poderíamos nos tornar ricos e livres.”
(Tem foto com a Sharon que publiquei lá no Stories do Insta. Clique para visualizar melhor)
Vimos a URSS cair, vimos diversos tipos de governo ascenderem e serem substituídos e percebemos claramente que independentemente da política imposta há falhas que resultam no sofrimento do povo.
E a única verdade incontestável é a que encontramos no livro de Eclesiastes:
“Eu vi tudo isso, e me pus a refletir em todo o trabalho que se tem feito debaixo do sol
enquanto homem domina homem para o seu prejuízo.”
Melhor do que eu é o Humberto Gessinger falando sobre isso:

Comments