[Resenha] Um Caso Perdido - Colleen Hoover
- Luana Alves
- 3 de ago. de 2017
- 3 min de leitura
Hey!
Já falei aqui que escolhi alguns autores (lá naquela lista de “Em 2017 eu vou...”) para conhecer. Alguns famosos, outros nem tanto, mas para variar o estilo de leitura e de escrita a que estava acostumada. Um desses nomes era Colleen Hoover, apelidada de CoHo por aí e extremamente elogiada. Pois é, gente, podem me jogar tomates. Eu mesma já me dei três tapas depois que comecei a ler meu primeiro livro dela. Por que demorei tanto? 😩

TÍTULO: Um Caso Perdido (Hopeless)
AUTORA: Colleen Hoover
PÁGINAS: 383
ANO DE LANÇAMENTO: 2014
EDITORA: Galera Record
GÊNERO: Romance/ Ficção Americana/ New Adult

Sky tem 17 anos e está indo para o colégio pela primeira vez. Sua mãe, Karen, tem uma maneira muito própria para criar a filha, que além de estudar em casa a vida toda é privada do contato com a tecnologia. Sky não tem TV, nem celular, nem internet. A despeito disso, como qualquer outra jovem, ela tem vida social, uma melhor amiga e uma reputação ruim – graças aos vários rapazes que já foram vistos pulando sua janela à noite. Controversamente, Sky não consegue sentir nada por eles. Os beijos e amassos a que ela se submete são justamente para atingir esse estado de dormência. Até ela ver Holder pela primeira vez.
Lindo e intenso, Holder deixa a pobrezinha da Sky bem confusa. É como se ele tivesse 6 personalidades e vários segredos. Segredos que envolvem sua infância e que explicam a tatuagem que ele tem no braço: hopeless (em português: Um Caso Perdido).
“Não sei como esse caso perdido conseguiu entrar na minha vida de forma tão astuta nessa semana,
mas tenho certeza de que não quero que ele saia dela.”
Ao conhecer Holder, Sky vai aprendendo a lidar com ele e descobrindo muitas coisas sobre si mesma. Coisas que ela preferiria não saber.

A Sky é uma baita duma personagem. A autora conseguiu lhe dar comportamentos atípicos, num primeiro olhar, mas que depois vão fazendo super sentido. Sky é assim porque ela não poderia ser de outra forma. Ela é forte, corajosa, inteligente e muitas outras coisas que eu queria ser, mas porque ela passou por coisas que eu não gostaria de passar.
Embora a narrativa seja contada por ela, o ponto alto do livro é mesmo o Holder. Depois que terminei a leitura me bateu uma tristeza por ele não ser real, sabe? Ele é tão, mas tão, mas tão fantástico que o mundo merecia um Dean Holder. Eu merecia um Dean Holder. Não, não merecia, mas poderia lidar com isso com ele ao meu lado.
“(...) mas não vai ganhar um beijo hoje à noite. E provavelmente nem amanhã. Preciso disso. Preciso ter certeza de que está sentindo o mesmo que eu no instante em que meus lábios encostarem nos seus. Porque quero que seu primeiro beijo seja o melhor primeiro beijo na história dos primeiros beijos.” 😍

A primeira metade do livro parece se tratar de um romance (muito bem escrito) comum. Um garoto problemático e uma garota louca por ele; os dois tentando fazer dar certo de algum jeito. É uma delícia acompanhar o que o Holder provoca na Sky e as mensagens que ele manda pra baixar o ego dela. Mas, Um Caso Perdido vai bem além do romance. Em determinado ponto da história, várias revelações são feitas e o livro fica bem denso. Diria que até difícil.
“Uma das coisas que amo nos livros é que eles conseguem definir e condensar certos momentos da vida de um personagem em capítulos. É intrigante, pois na vida real é impossível fazer isso. Não dá para terminar um capítulo, pular as coisas pelas quais a pessoa não quer passar e simplesmente começar um capítulo que melhor se encaixa com sua vontade. A vida não pode ser dividida em capítulos, só em minutos.
(...) Preciso de uma dessas pausas de capítulo. Tudo que quero é recobrar o fôlego, mas não tenho ideia de como fazer isso.”
Precisei da pausa de capítulo. Quando a leitura começou a ficar difícil, fechei e deixei ele descansando por quase um dia. Se não fosse por isso, teria terminado a leitura de uma só vez, de tão cativante e fluída que é a escrita da Colleen.
Pois é, tô aqui babando mesmo e descaradamente pelo Holder e pela construção da história. É sensível, é engraçado, é doce e é forte.

Amei e logo trago a resenha de Sem Esperança, a mesma história contada pelo meu-melhor-e-maior-crush-literário-de-todos-os-tempos, Holder.
Já leu Um Caso Perdido? E Sem Esperança? Qual seu livro favorito da Coho? Me conta! Preciso adicionar mais livros dela na minha lista.

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