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[Resenha] Caraval - Stephanie Garber

  • Luana Alves
  • 21 de ago. de 2017
  • 3 min de leitura

“Bem-vindos, bem-vindos ao Caraval!

Mas, antes que entrem no nosso mundo, devem recordar que tudo é um jogo. O que acontece atrás destes portões pode assustar ou encantar, mas não deixem que nada os engane. Tentaremos convencer vocês de que é real, porém tudo é teatro. Um mundo feito de faz de conta. Então, apesar de querermos vê-los arrebatados, cuidado; não se deixem levar longe demais.”

TÍTULO: Caraval

AUTORA: Stephanie Garber

PÁGINAS: 352

EDITORA: Novo Conceito

GÊNERO: Ficção Norte-Americana, romance, fantasia.

Desde crianças, Scarlett e Donatella Dragna ouviam histórias incríveis sobre o Caraval. Quando a mãe das meninas vai embora sem dar nenhuma explicação, Scarlett começa a escrever ao Grande Mestre Lenda do Caraval, esperando poder ver o espetáculo. Sete anos depois, Scarlett recebe não só uma resposta, recebe também 3 convites. Embora tudo o que Scarlett mais queira seja deixar a ilha de Trisda, junto com Donatella, e viver em segurança longe de seu pai, tem medo de não conseguir voltar a tempo para seu casamento que será realizado dali a alguns dias. Sua irmã mais nova, porém, bem mais destemida, consegue levar Scarlett até o jogo. E quão grande é sua surpresa ao descobrir que Donatella foi sequestrada por Lenda e vencerá o jogo quem encontrá-la primeiro!


Desde que a mãe foi embora, Scarlett prometeu cuidar e proteger a irmã. Com novas descobertas sobre Lenda e percebendo que o jogo não é tão inofensivo quanto parecia ser, Scarlett precisar se concentrar para achar as pistas que a levarão até Tella, e ela só tem cinco noites até que o Caraval acabe.

Assim que cheguei à noite da véspera do Caraval, estava esperando o gato de Cheshire aparecer acompanhado do Chapeleiro Maluco, haha. O Caraval é um espetáculo cheio de magia (ou truques que parecem ser mágica). Paredes que surgem do nada, roupas com vontade própria, um dia que começa ao anoitecer e estranhices sem fim. Por conta desse mundo mágico e diferente, Stephanie Garber descreve com riquezas de detalhes o local, o odor, as cores e texturas do Caraval. Quem não gosta de descrições detalhadas, pode se cansar. Eu, nesse caso, adorei.

A medida que Scarlett vai descobrindo mais coisas obscuras sobre o jogo, mais interessante vai ficando o livro. Do meio em diante eu devorei cada página, tentando desvendar as pistas sozinha, achando a Scarlett um tanto tola e o Julian falsiane (mas ainda mantinha uma queda por ele, porque vai ser encantador assim lá no inferno, rs). Tive as mesmas desconfianças de Scarlett sobre ele e ia me rendendo a ele de novo, como ela. Ou seja, Stephanie faz o que quer com a gente, embora avise mais de uma vez que devemos nos lembrar que é um jogo e que não devemos ir longe demais. Mas, nós vamos. Tudo ali é feito para parecer real e para Scarlett e para mim, era de verdade até que não era mais.

Gostei dos personagens, dos atores, do Julian (S2), das garotas Dragna, mas nada poderia ser mais perfeito do que Lenda. Todas as lendas que o cercam, o mistério, as incertezas são mantidas até o fim. E existe alguma coisa mais irresistível do que um bom mistério? Eu desconheço. Embora todas as respostas sejam dadas até a noite depois do Caraval, o epílogo levanta mais mil questões novas que me farão comprar a continuação na pré-venda. Ah, a 20th Century Fox já comprou os direitos para adaptação e prevejo que ele vai ficar lindo nas telas.

O livro é narrado em terceira pessoa, com uma linguagem cheia de analogias e metáforas, dando um ar poético e de sonho à história.

Minha edição não é capa dura, mas mesmo assim é magnífica. A diagramação tá linda, há cartas e arabescos que abrilhantam ainda mais a edição da Novo Conceito Detalhes em relevo na capa, verniz localizado e efeitos holográficos dão uma pequena amostra do que é o Caraval.

Com romance, um toque de circo, suspense, bons personagens e um final surpreendente; a chance de você se apaixonar por Caraval é bem grande.


Obs: Já mandei minha carta para o Grande Mestre Lenda. Vai que recebo uns convites.

 
 
 

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