[Resenha] Corte de Asas e Ruína - Sarah J. Maas
- Claudia / Luana
- 28 de dez. de 2017
- 4 min de leitura
Mais uma resenha dupla por aqui. (Aêêêê!!!) Já sabem como funciona? O texto é da Luana, mas minhas opiniões ~ da Cláudia ~ estarão ao longo da matéria entre parênteses e em vermelho.
Fique tranquilo (a), tomamos cuidado para não soltar qualquer spoiler.
Simbora saber o que achamos desse livro?

TÍTULO: Corte de Asas e Ruína #3
AUTORA: Sarah J. Maas
EDITORA: Galera Record
ANO DE LANÇAMENTO: 2017
PÁGINAS: 684
GÊNERO: Fantasia, Ficção Americana, Releitura de Conto de Fadas.

“Se Rhysand era a Noite Triunfante, eu era a estrela que só brilhava graças a sua escuridão, a luz apenas visível por sua causa.”
Enfim a resenha do terceiro livro da trilogia. Ele foi lançado este ano e causou um verdadeiro alvoroço entre os leitores que estavam ansiosos para conhecer o desfecho da história.
Corte de Asas e Ruínas é dividido em três partes. Na primeira, Feyre está exatamente onde terminou o livro anterior, na Corte Primaveril. E preciso dizer, que coisinha ardilosa a pequena Feyre, gente! Gostei muito dela e de seus joguinhos nessa parte. (Como eu disse na resenha do primeiro livro CORTE DE ESPINHOS E ROSA, Feyre é muito intensa e se entrega totalmente às suas causas, por isso ela faz o que é preciso para alcançar seus objetivos. Não concordei com tudo o que ela fez na Corte Primaveril nessa parte, mas compreendi suas motivações.)
A segunda parte foca nas Alianças que precisam ser formadas, mas lidar com o superego dos Grão-Senhores das diferentes Cortes não é uma tarefa fácil. (Não é fácil mesmo, mas foi sem dúvida a melhor parte do livro para mim. Fiquei muito tensa, vibrei, praguejei… Que encontro, minha gente!!!)
Feyre, Rhys e Amren estão procurando uma forma de impedir que a muralha que separa o mundo humano do feérico seja destruído. Eles sabem que Hybern conseguiu vários aliados e que tem um exército enorme, sem contar que eles possuem o próprio Caldeirão (usado para criar o mundo e as criaturas nele. Imagina a força do bicho!).
A primeira estratégia é fazer com que os outros Grão-Senhores passem a confiar na Corte Noturna e se aliem a ela, mas de que jeito se a fama da Corte dos Pesadelos a precede? Como, se eles testemunharam a personalidade da vadia da Amarantha com os próprios olhos?
O próximo passo é treinar Feyre para que ela esteja pronta para a batalha.
Por fim, na terceira parte, a guerra já chegou. O mais tenso e mais longo dos três livros é o que contém mais ação. As cenas de guerra estão muito bem escritas, nos colocando direto no front e nos fazendo presenciar toda a brutalidade e horror da guerra. Tiro, porrada e bomba pra tudo quanto é lado. (Isso é bem legal...)
Mas, Luana, por que você tirou uma estrela de Corte de Asas e Ruína? (Estou de acordo com essa nota também.)
Nestha e Elain têm uma grande participação no 3º livro, como percebemos pelo final bombástico de Corte de Névoa e Fúria. Entretanto, a personalidade de nenhuma delas é agradável ou cativante. A presença excessiva de uma megera e de uma depressiva me irritou. (Sei que uma das irmãs conquistou muitos dos leitores, mas também não conseguiu minha simpatia. Tamu juntas, Lu).
Achei o final forçado de algumas formas. E restaram arestas demais. Se a história de Feyre foi contada e terminada, quem será a protagonista da sequência que nos dará as respostas que faltaram? (Que não seja Nestha ou Elain, que não seja Nestha ou Elain, que não seja Nestha ou Elain [prece repetida ao infinito]) (E que não seja a chata da Morrigan também a narrar a sequência e que o Tamlim tenha um final digno. Amém).
Graças à Mãe que a Corte Noturna está cheia de bons personagens para contrabalancear as duas. Temos muito de Azriel, Cassian e até de Lucien em Corte de Asas e Ruína, e a lealdade, humor e paixão deles torna a leitura bastante agradável.
Gostei muito também da ambiguidade do Grão-Senhor da Corte Primaveril. Aquela pessoa que não é só branco ou preto, mas se encaixa com perfeição num tom de cinza e se torna imprevisível. (Esse paragrafo me define. Concordo com cada palavra aqui).
Concluindo, Sarah conseguiu dar vida as quase 700 páginas. É uma leitura deliciosa e fluída, com personagens bem construídas e complexas. O crescimento da Feyre é tão visível ao longo dos três livros que é impossível não se emocionar com a evolução dela. Os relacionamentos que ela constrói, não só com o seu Grão-Senhor, mas também com seus amigos e família, é tão verdadeiro e cheio de amor que a gente torce, luta e vibra com eles. O mundo criado por Sarah é fantástico e sou muito grata a ela por ter me proporcionado uma das melhores leituras da vida.(Realmente, a autora provou sua competência. Não vou dizer que foi uma trilogia perfeita, mas entregou mais do que prometia. Além de seguir acompanhando o universo da Corte, vou me entregar a série Trono de Vidro da mesma escritora, mesmo que fantasia não seja meu gênero favorito).
Agora é aguardar pelas continuações. Diz a lenda que a série será composta por oito livros, mas as sequências ainda são um mistério. Aprendi a confiar no talento da Sarah, então... só manda que a gente devora, moça.
“– E você virá comigo? Nessa aventura e em todas as outras?
– Sempre.”

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