[Filme] Jogador nº 1
- Claudia Del Santo
- 5 de abr. de 2018
- 3 min de leitura

Com uma trama brilhante e um diretor competente o filme Jogador Nº 1 não tinha como dar errado, não é mesmo? Saí da sessão encantada, com vontade de assistir outra vez para pegar alguma referência que pode (e deve) ter passado despercebida.
TÍTULO: Jogador nº1 (Original: Ready Player One)
ESTREIA: 29 de Março de 2018
DIRETOR: Steven Spielberg
DURAÇÃO: 140 min.
ESTÚDIO: Warner Bros
GÊNERO: Ação, aventura, ficção científica, fantasia
ELENCO: Tye Sheridan, Olivia Cooke, Ben Mendelsohn, Lena Waithe, T.J. Miller, Simon Pegg, Mark Rylance, Philip Zhao, Win Morisaki, Hannah John-Kamen, Ralph Ineson, Susan Lynch, Clare Higgins

Vamos deixar claro que como crítica de cinema eu sou uma ótima resenhista de livros, então, por favor, relevem o que for escrito aqui. Só vou contar minha experiência com a adaptação, pois amei o livro. A resenha da obra literária de Ernest Cline você encontra AQUI.
Entrei na sala de cinema com altas expectativas. Ficava imaginando como eles fariam para dar vida ao Oasis; para fazer com que o telespectador se sentisse completamente envolvido e extasiado na busca virtual do Easter Egg — assim como os leitores ficaram —, mas é claro que com tantos recursos visuais, efeitos especiais e uma excelente fotografia, a experiência foi alcançada com êxito.

O filme nos apresenta a dura realidade do ano de 2045, onde a população literalmente foge de suas vidas nessa plataforma Oasis de imersão virtual. Não é difícil entender o motivo de Wade, adolescente e protagonista, se empenhar tanto em encontrar o Easter Egg, deixado escondido no Oasis pelo programador da tal plataforma pouco antes de sua morte.
O filme segue os conceitos básicos do livro, mas é claro que houve muitas mudanças no longa, desde os enigmas e suas soluções para se chegar ao prêmio, bem como as referências pop dos anos 80 e até os personagens.
Bem, não sou daquelas leitoras que acham que o filme deve ser a cópia fiel do livro. Entendo que algumas mudanças precisem ser feitas, e no caso específico desse filme, acho até que as mudanças só vieram para corrigir pequenas falhas na obra de Cline, mas vou ser bem sincera, não posso afirmar que gostei mais do livro do que do filme. Foram experiências distintas e satisfatórias.
Na obra original a relação entre os personagens é estritamente virtual, isso só vai mudar no fim do livro, com muita relutância da maioria deles, o que não acontece no filme. No livro também não havia a tal “rebelião”. Quem teve que pagar uma dívida com a empresa IOI é o próprio Wade, e ele se aproveita disso para hackear o sistema. Na adaptação isso fica por conta de Art3mis. Como dito, os enigmas e desafios para se chegar até as chaves foram reinventados para a telona, tenho que confessar que gostei mais deles no filme. Especialmente o primeiro desafio, aquele da corrida de carros. No livro a participação de Ogden Morrow, co-criador do Oasis, é fundamental para a sobrevivência dos cinco do topo (os primeiros a encontrar as chaves); no longa eles se viram bem sozinhos, mas amei que a tal moeda de 25 centavos tenha vindo de Morrow e não de um jogo do Pac-Man, como no livro.
As melhores atuações ficaram por conta de Mark Rylance, como o atípico bilionário James Halliday, inventor do Oasis e Ben Mendelsohn como Nolan Sorrento, o temível vilão.

Sobre Spilberg, ele só veio sacramentar que é um gênio na direção de obras infanto-juvenis, essa é a praia dele, não tem como negar. O cara teceu um sonho crível, fantástico e que fez os telespectadores saírem do cinema refletindo sobre o quão envolvidos estamos no mundo virtual e o quanto isso pode prejudicar a realidade. Amei e já quero assistir novamente.
As referências estão fantásticas: King-Kong, Chucky - O Boneco Assassino, Robocop, Godzilla, Star Wars, O Iluminado, Os Embalos de Sábado à Noite e por aí vai... Dei um berro quando Wade/Parzival soltou um golpe Raduquem em Sorrento, do épico game Street Fighter. Muito bom mesmo!!!
Fica minha recomendação para que você assista. Mesmo sem ter lido o livro, vai amar essa aventura.
Beijo sabor expectativa superada.
Câmbio. Desligo.

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