[Resenha] Mangá: O Outro Cão que Guarda as Estrelas

Luana Alves
26 de dez. de 2017
2 min de leitura

Hey!

Depois de ler O Cão que Guarda as Estrelas, precisei de um tempo para me preparar psicologicamente para ler a continuação. Achei que teria o mesmo tom dramático e que me faria chorar horrores. Estava errada! Perde em emoção, mas não é ruim. Achei bem dosado o drama e fiquei bem feliz com o final.

A edição é da JBC, tem 173 páginas e a arte está tão linda quanto a anterior.

O Outro Cão que Guarda as Estrelas nos conta duas histórias que se cruzam e que conversam com a do primeiro mangá.

Na primeira história, Futagoboshi, conhecemos o irmãozinho de Happy, que estava na caixa junto com ele, mas por estar muito fraquinho não era adotado.

Sua sorte muda quando uma senhora de 70 anos decide adotá-lo. O plano da Sra. Nagano, porém, era bem mórbido. Por ser muito orgulhosa, a idosa não estava convivendo bem com as limitações da idade avançada e queria morrer. Mas, não queria morrer sozinha e é aí que o irmãozinho de Happy entra. Por ter nascido com um problema no coração, a Sra. Nagano acredita que ele não irá durar muito e ela planeja morrer junto dele.

Na segunda, Estrela de Primeira Magnitude, reencontramos Tetsuo, aquele garotinho com o gosto triste que roubou o “Papai” e Happy. Entendemos o porquê d’ele ter feito isso e tudo o que teve que passar para encontrar seu avô. Ele também encontra um companheiro canino para acompanhá-lo e acabamos reencontrando alguns personagens que já conhecíamos.

Embora menos intenso, O Outro Cão que Guarda as Estrelas também trata de assuntos difíceis. As dificuldades da solidão na velhice, maus-tratos, abandono de vulnerável, a venda de animais como produtos. E mesmo assim, mesmo abordando temas tão amargos, a mensagem do quão transformadora pode ser a amizade com um cão é o foco da obra. E fica bem claro que eles nos motivam, animam e salvam. É lindo ler, mas é ainda mais lindo viver essa amizade #ficadica.

Para concluir, uma frase do criador, Takashi Murakami: