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[Resenha] Aquilo que Realmente Importa - C. Nan Bianchi

  • Luana Alves
  • 16 de jan. de 2018
  • 4 min de leitura

Hey!

Só consegui ir dormir depois que terminei de ler Aquilo que Realmente Importa, já de madrugada. Quando acordei hoje, logo me veio à mente um dos muitos ensinamentos do livro... Um grande sentimento de gratidão pelas pessoas que me cercam, pelo que tenho e pelo que sou. Que mensagem linda e que sentimento bom ele proporciona!

resenha aquilo que realmente importa

TÍTULO: Aquilo que Realmente Importa

AUTORA: C. Nan Bianchi

EDITORA: Amazon, E-book Kindle

GÊNERO: Literatura Nacional, Romance, New Adult.

"Eu sempre gostei de pensar que quando a gente vem à vida recebe uma estrada desconhecida à frente e uma mala de viagem.

E, exatamente por isso, é muito fácil acreditar que o objetivo de estarmos aqui é encher a mala ao máximo,

como se isso fosse a prova irrefutável de que a nossa viagem foi um sucesso.”

Vanessa Zandrine tem 24 anos e não tem tempo. Totalmente focada no trabalho e em ser uma pessoa bem-sucedida, ela, como a maioria de nós, está vivendo no piloto automático. Até que um dia, um acontecimento indesejado a faz tirar o pé do acelerador e repensar: Será mesmo que aquilo que persegue com tanta obstinação é o que a fará feliz? Vanessa dá início à uma emocionante busca para encontrar aquilo que realmente importa e muitas mudanças, encontros especiais e pequenos presentes vão tornar essa sua jornada ainda mais memorável: a chegada de um curioso sofá, uma carta, a descoberta de uma intrigante comunidade de viajantes, o retorno do cara perfeito e as conversas com um inglês sem rosto na calada da noite. A vida de Vanessa definitivamente não está mais no automático, ela está com as rédeas nas mãos, mas nem tudo são flores nesse caminho. A felicidade reside à beira de um precipício e requer, acima de tudo, coragem para encontrá-la. Um livro sobre viajantes, descobertas e encontro da felicidade nas pequenas coisas. Um livro sobre o amor, sobretudo o próprio.

Um livro com um tema muito necessário. Quantos de nós estamos presos a uma rotina que não nos dá contentamento? Pude enxergar tantos amigos na Vanessa do início do livro! Atarefados demais em se provar pessoas importantes, acabam esquecendo de fazer aquilo que lhes dá felicidade ou de conviver com pessoas que realmente gostam.

A narrativa é feita em primeira pessoa por Vanessa e logo percebemos como ela se perdeu de si mesma em busca de uma vida de aparências e futilidades. Depois de uma perda irreparável, um grande sentimento de culpa a faz parar e olhar para dentro. Mudanças começam a ser feitas e vamos acompanhando a cada novo capítulo o surgimento de uma outra Vanessa, muito mais madura, profunda e verdadeira.

Claro que ela tem recaídas e acabei ficando com raiva dela em alguns momentos. Mas a vida é exatamente como foi descrita, cheia de altos e baixos, erros e acertos.

Como ponto alto, destaco a carta do avô (que coisa incrível é aquela, gente? Enquanto lia não resisti e já publiquei na nossa fanpage as últimas palavras mais lindas que já li) e a mensagem que ela grava em vídeo, comparando a vida moderna ao nosso hábito de consumo:


"Hoje em dia damos tanto valor a estar na moda, a estar namorando, a ser bem- sucedida e todas essas inúmeras preocupações sociais que existem por aí, que muitas vezes esquecemos que a prioridade deveria ser estar bem consigo mesmo. (...) Nossa forma irracional de consumir se alastrou para outras esferas de nossa vida, de modo que me assustei quando percebi que nós tratamos hoje até nossos relacionamentos como tratamos nossas escolhas por sapatos.

Superficialmente.

Assim, deixamos de escolher aquilo que nos serve, que nos é confortável e nos faz sentir bem para continuar insistindo em calçar algo que não foi feito pra nós, repetidas e repetidas vezes. O problema é que compramos sapatos para os outros e não para gente. Mas somos nós que os usaremos durante o dia.

E continuamos tentando calçar aquilo que não nos serve. E nos machucamos. E dói andar. (...) Hoje, depois de tudo o que aprendi nessa vida, eu não me importo nem um pouco se eu repetir o meu sapato todos os dias, nem que não seja o auge da moda e ninguém se impressione com ele quando eu chegar à festa, porque a festa está em mim, está na minha própria alegria e satisfação. Essa é a festa que vale. Eu prefiro me importar mais comigo mesma do que com o que os outros acham, porque, uma vez que minhas escolhas forem honestas e me servirem perfeitamente, eu sei que elas poderão me levar muito mais longe. E eu quero ir muito mais longe. O mundo é enorme e maravilhoso e não cabe numa caixa de sapatos, esqueçam essa ideia, ela só te aprisiona. Nós realmente precisamos começar a fazer escolhas mais conscientes. Para os nossos pés e para nossa vida."

Ahh, preciso dizer que a ideia do sofá-herança foi genial, tudo o que ele trouxe para vida dela e todos os comentários com duplo sentido que sai do Alex sobre ele.

Cada pequena mudança na vida da protagonista é contada com riqueza de detalhes. Isso deixou o livro extenso e cansativo em alguns momentos. Excesso de diálogos e epifanias, que me faziam lembrar de um livro de autoajuda, me fez ter vontade de avançar alguns capítulos para encontrar a verdadeira história. E ela está lá. Algumas personagens são bem caricatas. Entendi o objetivo da autora e a mensagem que ela queria passar com os esteriótipos apresentados, mas não ficou uma representação natural. Quando um romance começa a surgir a leitura se torna mais prazerosa. Mas esse não é o foco da narrativa, tá? Embora o romance seja fofo, o grande lance é mostrar como Vanessa não depende de um relacionamento para ser feliz. Ela gosta da própria companhia e se basta em muitos aspectos.

Há quotes maravilhosos espalhados. A mensagem que o livro passa é poderosa, dessas que podem realmente provocar mudanças na gente, sabe? Me senti tocada de diversas formas e aprendi ou reafirmei muitos valores no decorrer da leitura. E meu primeiro nacional do ano foi uma lição de vida, gente! Amei ter conhecido a história e ter sido convidada pela autora para lê-lo. Foi um prazer, Carol. Desejo que muitas mais pessoas sejam transformadas por sua obra, a humanidade precisa dela!

Sobre a autora e o livro: SITE | FANPAGE |SKOOB


 
 
 

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