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[Resenha] Boneco de Pano - Daniel Cole

  • Luana Alves
  • 31 de mai. de 2018
  • 3 min de leitura

“ Pode apostar que sim. Um pessoa que se dá ao trabalho de fazer um massacre desses

sem deixar pra trás uma única gota de sangue... dificilmente deixaria esse anel aí à toa. ”


E aí, chuchus? Como estão? Deu pra perceber que o clima aqui no USO ultimamente tem sido de suspense, né? A Cau indicou um livro (AQUI), eu falei sobre 3 séries com essa temática (AQUI) e agora trago a resenha de mais um livro de investigação policial para vocês. A resenha é minha, mas com oferecimento da Cau, já que o livro foi presente dela (Valeu, Cau! Arrasou!). Depois dessa acho que a gente volta para livros com corações, flores e princesas. Ou não.

TÍTULO: Boneco de Pano

AUTOR: Daniel Cole

PÁGINAS: 332

EDITORA: Arqueiro

GÊNERO: Ficção Inglesa | Suspense | Thriller Policial

Willian Fawkes, ou Wolf – como é mais conhecido, é um detetive polêmico. Após um julgamento com final trágico, Wolf é enviado para uma clínica psiquiátrica.

Ao ser reintegrado à polícia, Wolf é chamado para investigar um assassinato bastante incomum. Um cadáver composto por partes do corpo de seis pessoas diferentes e costuradas umas às outras grosseiramente é colocado num apartamento de um prédio próximo ao que Wolf mora e o “Boneco de Pano” (como fica conhecido o cadáver), aponta para a janela do apartamento de detetive.

“ – Já deixei um assassino arruinar minha vida. Não vou deixar que outro decida a minha morte. ”

Tudo isso no primeiro capítulo e eu fiquei assim: Quê?

Mas, querido leitor, o drama não acaba aí. É divulgada para a imprensa uma lista com o nome de seis pessoas, com a data em que elas morrerão. O último nome da lista é do Wolf. E eu fiquei assim: Quê? De novo.

A partir daí a polícia começa uma investigação frenética para descobrir quem compunha o primeiro Boneco de Pano, com o objetivo de tentar descobrir o assassino e também se esforça para proteger as pessoas da lista que foram juradas de morte. Coitada da polícia, tão empenhadinha...


O livro é em terceira pessoa e embora o Wolf seja a personagem central, ele não brilha absoluto. A narrativa foca em personagens secundárias também, nos ajudando a ter uma visão bem ampla de todos os envolvidos. O legal também é que mesmo os coadjuvantes são bem desenvolvidos e todos são bem humanos, cheios de falhas e frustrações. Isso fez com que eu me apegasse a eles porque pareciam pessoas que eu realmente poderia conhecer por aí.

A investigação é longa e muitas pessoas vão sendo acrescentadas à história, isso empacou um pouco a leitura. Mas o frenesi é constante, porque a gente fica torcendo para que o Bonequeiro (o assassino) falhe em algum momento.

Surpreendentemente o livro é cheio de humor e me vi rindo alto em alguns trechos. Também me deixou assustada, o prólogo já chega chegando, o primeiro capítulo não deixa barato e daí por diante as coisas só descambam cada vez mais.

Gostei bastante do rumo que Daniel Cole foi dando ao livro. O passado vai se interligando com o presente e no final tudo faz sentido.

A edição é da Arqueiro e segue o padrão da editora, diagramação simples, mas de boa qualidade.

Boneco de Pano foi originalmente escrito como piloto para uma série de TV (e foi rejeitado. Burros! Burros! Burros!). Vamos fazer uma corrente de compartilhamento até chegar no Luciano Huck, ah não... pera, até chegar em algum produtor para que desenvolva essa adaptação, gente. Sério, ia ficar bom demais!

Enquanto nossos apelos não chegam à Netflix, vai ler o livro. E depois me conta se não foi um dos melhores suspenses que você leu nos últimos tempos.

 
 
 

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